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Cinco tendências em fintech para ficar de olho em 2018

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O artigo abaixo foi escrito por Ricardo Taveira, CEO da Quanto, primeira plataforma ponta-a-ponta de open banking do Brasil

Muito tem se falado sobre as fintechs e o que elas têm possibilitado com suas inovações e soluções em tecnologia para o usuário final. O objetivo delas é diminuir a burocracia nos serviços, encontrando soluções mais práticas, ágeis e com menor custo.

Ainda dentro do setor financeiro, elas podem atuar em variadas frentes. Em 2018, teremos como tendências diversas áreas impactando o consumidor final. Confira algumas delas:

1 – Open Banking

A ideia do open banking é simples: permitir que o usuário escolha o método de acesso às suas contas da mesma maneira como é possível optar por um programa que abre a caixa de entrada do seu e-mail. O impacto para o cliente é visível quando imaginamos uma instituição bancária oferecendo para ele um internet banking que possibilita interação em todos os bancos.

Pois bem, esse tipo de internet banking já existe na Europa, desde o início deste ano, quando entrou em vigor o PSD2, que obriga os bancos do continente a oferecerem o open banking para seus consumidores. E se preparem porque essa realidade já desembarcou no Brasil.

2 – Portabilidade de contas

Poucos sabem que existe uma regra do Banco Central que obriga a “portabilidade” de cadastro entre bancos – da mesma maneira do que já ocorre no mundo da telefonia celular desde 2006. Recentemente, o BC reforçou essa medida colocando normas mais claras e ampliando a portabilidade de contas-salário, que são migradas para contas de pagamento como a NuConta, do Nubank. É possível imaginar como isso pode evoluir para uma portabilidade de conta corrente, auxiliada pela tecnologia do open banking.

A resistência das pessoas em trocarem de banco é um dos problemas que dificultam a quebra de barreiras e a concorrência mais quente no setor – em países que já têm programas robustos de portabilidade, como a Inglaterra, só 3% das pessoas mudam de banco por ano.

3 – Celular como meio de pagamento – pra valer

Com anúncios quase simultâneos, Google Pay e Apple Pay desembarcaram no Brasil já com parcerias importantes. A tecnologia permite criar uma “carteira virtual” dos seus cartões armazenados no seu celular. Para pagar, basta encostar o seu smartphone nas “maquininhas” habilitadas para o seu cartão de débito ou crédito.

Quatro dos cinco maiores bancos brasileiros já possuem conexão com uma ou outra destas plataformas de pagamentos. Este ano será a primeira experiência das grandes organizações bancárias com a tecnologia, que promete trazer para o páreo das fintechs nada menos que Apple e Google. Mas fique de olho: 2018 trará revoluções maiores ainda para o segmento de cartões por meio de parcerias entre fintechs e empresas estabelecidas do segmento.

4 – Fintechs começam a fechar o cerco contra a burocracia

Até hoje um dos principais desafios para fintechs continuam a ser os elevados níveis de burocracia para operações simples, como contratação de crédito ou abertura de conta. Apesar de alguns avanços, as preocupações com fraude, lavagem de dinheiro e reguladores como Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ainda dificultam progressos maiores.

Esse ano veremos uma safra de soluções inovadoras de “regtech” – empresas que visam facilitar esses processos, incorporando biometria, criptografia e até redes sociais para reduzir prazos e facilitar a contratação de novos produtos e serviços. O setor público também deverá entrar nesse procedimento.

5 – Banco Central e CVM mais ativos e presentes

Os principais órgãos reguladores do sistema financeiro – Banco Central e CVM – já acumularam casos extremamente positivos de marcos regulatórios que fomentaram a inovação em fintech. A norma das “Instituições de Pagamento”, promulgada em 2014 pelo Banco Central foi o que possibilitou a criação da NuConta pelo Nubank em 2017. Este ano veremos tanto o BC quanto o CVM endereçando grandes temas como open banking e Initial Coin Offerings, respectivamente. E nestes dois casos, por exemplo, não precisaremos esperar três anos para ver o impacto. As discussões já públicas sobre questões como a proibição de pagamento parcelado sem juros e até bitcoin estão colocando os nossos reguladores no palco da discussão das fintechs, e esse ano veremos BC e CVM virarem protagonistas de algumas destas revoluções do setor.

 

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