Criador da web diz que usaremos sistema friend-to-friend

(reproduzido de AdNews – matéria de Raissa Coppola)

Tim Berners-Lee, principal estrela da edição 2009 da Campus Party Brasil, conversou com a imprensa em entrevista coletiva no início da tarde desta terça-feira (20). O “pai da internet” comentou sobre o futuro da grande rede e temas como interatividade, privacidade, segurança e acesso móvel. Ele comparou a web a uma página em branco, em que os jovens poderão fazer muito mais do que ele imagina no futuro.

Considerado um dos 100 gênios vivos do mundo pelo jornal Telegraph, Berners-Lee afirmou que o conceito de web 2.0 pode ser frustrante para o usuário porque apesar dos dados que ele possui estarem em um sistema, como por exemplo um site, ele não pode reaproveitá-los em outro. O programador vê como avanço a questão de compartilhamento de dados em redes abertas. “Na web 3.0 você pode trocar as informações que você quiser, no sistema friend-to-friend (amigo para amigo). Isso permite que você controle quem terá acesso às suas informações”, completou.

O programador afirmou que o celular é atualmente a principal porta de acesso à web em zonas rurais, onde as pessoas não têm facilidade de se conectar à internet. Ele, porém, destacou que existem outras plataformas que podem ajudar na democratização do acesso, como os aparelhos de TV que as pessoas possuem em suas casas.

Cibercrimes e regulação

Tim afirmou não ficar triste por ver que existem pessoas utilizando a internet para cometer crimes como pornografia infantil e outros cibercrimes. De acordo com o desenvolvedor, a internet é uma ferramenta de poder e como todas as outras pode ser usada para o bem e para o mal.

Apesar disso, ele vê com bons olhos o futuro. “Sou um otimista. Acredito que quando as pessoas se juntam para fazer algo, as coisas boas acabam se saindo melhor”, afirmou. Segundo ele será necessário um trabalho em conjunto para combater as infrações no mundo virtual. “São problemas que teremos que combater”, disse Berners-Lee.

Twitter

Quando questionado pelos jornalistas se considerava o serviço de microblogging Twitter como um novo modelo de comunicação, Tim classificou a ferramenta como muito interessante, mas deixou claro que ela não é a única revolução atual. “Quando as pessoas acreditam que encontraram a novidade mais quente da internet, sempre existe uma mais nova, virando a esquina”, declarou.

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