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E o Dakar veio até nós: um rali de emoções na América do Sul



O ano de 2009 já começa em grande estilo: hoje, dia 3 de janeiro, daqui a pouco menos de duas horas, ou seja, exatamente às 05 horas da manhã, será dada a largada do rali mais famoso, difícil e perigoso do mundo – o Dakar. E pela primeira vez, saindo de “mi Buenos Aires querida”


 


Criado originalmente com o nome de sua rota original “Paris-Dakar”, o rali vinha adaptando seu percurso a cada ano, seja por razões ideológicas, culturais, políticas, ou até mesmo comerciais. Mas o espírito de aventura, desafio e superação de limites nunca sucumbiu a nenhum destes pequenos ajustes.


 


Infelizmente, a edição de 2008 foi vítima destes novos tempos de terrorismo global. O rali Dakar do ano passado foi cancelado na véspera da largada por falta de segurança dos pilotos, das comitivas, dos turistas e dos demais amantes desta aventura de 30 anos.


 


E o rali mais famoso do mundo “caiu no nosso colo”, bem aqui na América do Sul. Por medida de segurança, a organização do evento trouxe o percurso para a Argentina e Chile. Desta forma, recomeçou uma história de aventuras em competições off road em um percurso totalmente novo para todos os competidores, dos mais experientes aos iniciantes. Sai o deserto do Saara e entram em cena as Cordilheiras dos Andes.


 


O rali Paris-Dakar foi criado pelo piloto francês Thierry Sabine em 1978. Conta a lenda que Tierry se perdeu com sua moto no deserto africano de Ténéré, considerado o mais perigoso do mundo, enquanto competia em uma das primeiras provas de off road na África. Enquanto aguardava pela equipe de resgate, teve tempo para refleitr sobre um possível suicídio ou organizar o maior rali do mundo. Graças a Deus, ficou com a segunda opção. Em dezembro daquele ano ocorreu a primeira edição do rali “Paris-Dakar”.


 


O Clube do Livro presta uma homenagem ao Dakar através dos maiores representantes brasileiros desta prova: os meus amigos e pilotos André Azevedo e Klever Kolberg, que debutaram apenas na décima edição da prova, em 1988, movidos pelo combustível dos grandes empreendedores: sonho e paixão!


 


Estas e outras histórias foram retratadas no livro “Grãos de Areia” pelos próprios André e Klever, personagens reais de suas aventuras, retratadas no texto de Moraes Eggers após a edição de 1995, quando os pilotos pioneiros brasileiros comemoravam seus oito anos de aventuras no rali. O livro foi relançado pela Editora Record em 2005 e continua interessantíssimo e super atual.


 


Durante 239 páginas, André e Klever se revezam para contar histórias impressionantes sobre aqueles primeiros anos de Dakar, desde o que eles consideram a maior de suas conquistas – a primeira largada às seis horas da manhã em Versalhes, no dia 1º de Janeiro de 1988 até as suas primeiras vitórias como campeões na categoria Maratona de motos. André foi o primeiro brasileiro campeão em 1991 e Klever foi o grande vencedor na categoria em 1993.


 


Mas as histórias de “Grãos de Areia” não se resumem às vitórias ou competições. Nossos pilotos-autores passam vinte e um capítulos contando “causos” muito divertidos que vão desde a “pedra lascada” até a “matemática do deserto”, passeando por temas como morte à espreita, espiritualidade, visões e crenças, povos e culturas, e um monte de outras curiosidades.


 


E nosos heróis também não se esquivam ao falar sobre temas mais “complexos” como falcatruas e o famoso jeitinho brasileiro. Ou ainda sobre amizades, mulheres e jejum sexual. Pois é, não dá para sentir a sensação do rali, mas serve como um ótimo aperitivo para a competição que se inicia hoje. E promete ficar pela América do Sul até 2011, quem sabe passando pelo Brasil já no ano que vem.


 


André estará competindo mais uma vez, junto com outro fera da família – o irmão Jean Azevedo. Klever por sua vez, resolveu compartilhar a sua experiência com outros pilotos iniciantes e atuará como chefe de equipe, além de treinar outros pilotos brasileiros, como o meu amigo Paulo Pichini, um executivo de TI bem sucedido e um piloto de off road de grande talento. Pichini, inclusive, promete um livro contando a realização de um sonho nesta sua primeira participação no Dakar.


 


Aliás, tenho outros dois livros que tangibilizam a beleza destas competições, ambos me foram presenteados por alguns dos personagens acima: o “Anuário Off Road 2006/07” com registros em textos e fotografias belíssimas sobre a temporada brasileira, e o livro “Rali – Abrindo os Caminhos do Brasil” (Via das Artes, 143 páginas, 2007), também sobre a carreira vitoriosa de André, Klever e outros integrantes da Equipe Lubrax BR com textos, imagens e fotos maravilhosas em diversas competições pelo Brasil e pelo mundo.


 


Enfim, neste sábado será dada a largada da primeira edição do Rali Dakar em terras Sul-americanas. O total de participantes já é um recorde na prova: serão 904 pilotos e navegadores divididos em 530 equipes. O recorde anterior pertencia à edição de 2006, que teve 748 competidores. Esta edição de 2009 será histórica e contará com 227 motocicletas, 183 carros, 84 caminhões e 28 quadriciclos, envolvendo representantes de 49 países Entre pilotos e navegadores, serão 16 brasileiros competindo nesta edição.


 


O Clube do Livro estará na torcida para que a prova seja um sucesso e, consequentemente, seja apenas a primeira de muitas outras edições. E torcendo muito, é claro, pelo sucesso dos brasileiros, em especial os amigos Klever, PH, Lourival, André e Jean.


 


O Dakar é uma competição tão difícil e especial que todos que largam já são vencedores. E a chegada já é um feito de campeões!


 


Boa sorte a todos!


 


Marco Barcellos

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E o Dakar veio até nós: um rali de emoções na América do Sul



O ano de 2009 já começa em grande estilo: hoje, dia 3 de janeiro, daqui a pouco menos de duas horas, ou seja, exatamente às 05 horas da manhã, será dada a largada do rali mais famoso, difícil e perigoso do mundo – o Dakar. E pela primeira vez, saindo de “mi Buenos Aires querida”


 


Criado originalmente com o nome de sua rota original “Paris-Dakar”, o rali vinha adaptando seu percurso a cada ano, seja por razões ideológicas, culturais, políticas, ou até mesmo comerciais. Mas o espírito de aventura, desafio e superação de limites nunca sucumbiu a nenhum destes pequenos ajustes.


 


Infelizmente, a edição de 2008 foi vítima destes novos tempos de terrorismo global. O rali Dakar do ano passado foi cancelado na véspera da largada por falta de segurança dos pilotos, das comitivas, dos turistas e dos demais amantes desta aventura de 30 anos.


 


E o rali mais famoso do mundo “caiu no nosso colo”, bem aqui na América do Sul. Por medida de segurança, a organização do evento trouxe o percurso para a Argentina e Chile. Desta forma, recomeçou uma história de aventuras em competições off road em um percurso totalmente novo para todos os competidores, dos mais experientes aos iniciantes. Sai o deserto do Saara e entram em cena as Cordilheiras dos Andes.


 


O rali Paris-Dakar foi criado pelo piloto francês Thierry Sabine em 1978. Conta a lenda que Tierry se perdeu com sua moto no deserto africano de Ténéré, considerado o mais perigoso do mundo, enquanto competia em uma das primeiras provas de off road na África. Enquanto aguardava pela equipe de resgate, teve tempo para refleitr sobre um possível suicídio ou organizar o maior rali do mundo. Graças a Deus, ficou com a segunda opção. Em dezembro daquele ano ocorreu a primeira edição do rali “Paris-Dakar”.


 


O Clube do Livro presta uma homenagem ao Dakar através dos maiores representantes brasileiros desta prova: os meus amigos e pilotos André Azevedo e Klever Kolberg, que debutaram apenas na décima edição da prova, em 1988, movidos pelo combustível dos grandes empreendedores: sonho e paixão!


 


Estas e outras histórias foram retratadas no livro “Grãos de Areia” pelos próprios André e Klever, personagens reais de suas aventuras, retratadas no texto de Moraes Eggers após a edição de 1995, quando os pilotos pioneiros brasileiros comemoravam seus oito anos de aventuras no rali. O livro foi relançado pela Editora Record em 2005 e continua interessantíssimo e super atual.


 


Durante 239 páginas, André e Klever se revezam para contar histórias impressionantes sobre aqueles primeiros anos de Dakar, desde o que eles consideram a maior de suas conquistas – a primeira largada às seis horas da manhã em Versalhes, no dia 1º de Janeiro de 1988 até as suas primeiras vitórias como campeões na categoria Maratona de motos. André foi o primeiro brasileiro campeão em 1991 e Klever foi o grande vencedor na categoria em 1993.


 


Mas as histórias de “Grãos de Areia” não se resumem às vitórias ou competições. Nossos pilotos-autores passam vinte e um capítulos contando “causos” muito divertidos que vão desde a “pedra lascada” até a “matemática do deserto”, passeando por temas como morte à espreita, espiritualidade, visões e crenças, povos e culturas, e um monte de outras curiosidades.


 


E nosos heróis também não se esquivam ao falar sobre temas mais “complexos” como falcatruas e o famoso jeitinho brasileiro. Ou ainda sobre amizades, mulheres e jejum sexual. Pois é, não dá para sentir a sensação do rali, mas serve como um ótimo aperitivo para a competição que se inicia hoje. E promete ficar pela América do Sul até 2011, quem sabe passando pelo Brasil já no ano que vem.


 


André estará competindo mais uma vez, junto com outro fera da família – o irmão Jean Azevedo. Klever por sua vez, resolveu compartilhar a sua experiência com outros pilotos iniciantes e atuará como chefe de equipe, além de treinar outros pilotos brasileiros, como o meu amigo Paulo Pichini, um executivo de TI bem sucedido e um piloto de off road de grande talento. Pichini, inclusive, promete um livro contando a realização de um sonho nesta sua primeira participação no Dakar.


 


Aliás, tenho outros dois livros que tangibilizam a beleza destas competições, ambos me foram presenteados por alguns dos personagens acima: o “Anuário Off Road 2006/07” com registros em textos e fotografias belíssimas sobre a temporada brasileira, e o livro “Rali – Abrindo os Caminhos do Brasil” (Via das Artes, 143 páginas, 2007), também sobre a carreira vitoriosa de André, Klever e outros integrantes da Equipe Lubrax BR com textos, imagens e fotos maravilhosas em diversas competições pelo Brasil e pelo mundo.


 


Enfim, neste sábado será dada a largada da primeira edição do Rali Dakar em terras Sul-americanas. O total de participantes já é um recorde na prova: serão 904 pilotos e navegadores divididos em 530 equipes. O recorde anterior pertencia à edição de 2006, que teve 748 competidores. Esta edição de 2009 será histórica e contará com 227 motocicletas, 183 carros, 84 caminhões e 28 quadriciclos, envolvendo representantes de 49 países Entre pilotos e navegadores, serão 16 brasileiros competindo nesta edição.


 


O Clube do Livro estará na torcida para que a prova seja um sucesso e, consequentemente, seja apenas a primeira de muitas outras edições. E torcendo muito, é claro, pelo sucesso dos brasileiros, em especial os amigos Klever, PH, Lourival, André e Jean.


 


O Dakar é uma competição tão difícil e especial que todos que largam já são vencedores. E a chegada já é um feito de campeões!


 


Boa sorte a todos!


 


Marco Barcellos

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