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Encontro literário na França 2015

Em março, Paris foi palco do encontro literário na
França e mostrou que o Brasil é um mercado em crescimento nessa área. O Brasil
levou à Europa 44 autores contemporâneos com o intuito de aprofundar a presença
de autores nacionais nos maiores mercados consumidores de livros do mundo. Para
o ministro da Cultura, Juca Ferreira, ainda é preciso aperfeiçoar as políticas
públicas para estimular a leitura de brasileiros no exterior. Para autores, o
desafio é publicar e quebrar os estereótipos.

Com
um tributo ao Brasil nesse ano, a lista de lançamentos nos últimos dois meses
remete à tradução de Bernardo Carvalho (Reprodução), Paloma Vidal (Mar Azul) e
Luiz Ruffato (Estive em Lisboa e Lembrei de Você), entre outros.

Se
os elogios à “diversidade” e à “riqueza” dos autores brasileiros têm sido
constantes na França nesta semana, o discurso não entusiasma o ministro da
Cultura, Juca Ferreira, que é realista. Segundo ele, ainda há muito a ser feito
para abrir espaço e garantir uma presença perene dos escritores do País nas
prateleiras de livrarias de mercados como a Europa e os EUA. De acordo com ele
temos uma política de financiar a tradução das obras literárias brasileiras e isso
tem permitido que os escritores chegassem a mercados na França, na Alemanha,
nos EUA e aumentado em muito o interesse pela literatura brasileira.

Paulo Coelho

 O
escritor Paulo Coelho também foi citado por Michael Chandeigne, proprietário da
Librairie Portugaise et Brésilienne e criador do selo editorial que leva seu
nome. Responsável pela publicação de clássicos e contemporâneos da prosa e da
poesia brasileira, ele acaba de lançar uma nova tradução de “Vidas Secas” de
Graciliano Ramos e a primeira edição de “Estive em Lisboa e Lembrei de Você”,
de Luiz Ruffato. Durante o evento, Michael afirmou que Paulo Coelho é um
escritor internacional que não tem qualquer ligação com o Brasil.

Conceição Evaristo

  A
escritora mineira e negra Conceição Evaristo foi convidada de honra no Salão do
Livro em Paris. Apesar de pouco conhecida, a autora foi um dos nomes mais
assediados. Nascida e criada numa favela de Belo Horizonte, a escritora lia
gibis com avidez e admirava os enredos imaginados pela mãe. Obteve o diploma de
normalista em Minas e cursou letras nos anos de 1970. Depois fez metrado e
doutorado em Letras.

Conceição
lançou em Paris a tradução do seu primeiro romance “Ponciá Vicêncio” (2003), em
que narra a mudança da personagem-título do meio rural para uma favela na
cidade grade.

Umas
das escritoras brasileiras mais assediadas, Conceição diz querer trocar o
rótulo de escritora afro brasileira para ser avaliada por sua capacidade de
construção estética e pelo labor literário. 


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