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Estatística: amiga ou vilã?



A estatística é fantástica, pena que sucumbe aos interesses de quem a manipula. Seja por desconhecimento de alguns conceitos ou por pura má fé, alguns erros nos cálculos amostrais e no planejamento dos processos de medição acabam idealizando visões,que podem não ser tão boas ou tão ruins como se apresentam.


 


Dia desses li uma matéria indicando que não seriam feitos investimentos na implantação de condicionadores de ar nos ônibus metropolitanos de São Paulo, porque o resultado de uma pesquisa indicou que mais de 50% dos usuários preferem a temperatura ambiente a um local refrigerado. Isso me deixou curioso… porque em pleno verão, a temperatura no interior de um ônibus lotado é desumana! Nesta mesma matéria, nas últimas linhas, li que foram pesquisados 300 usuários para se chegar a esse resultado. O primeiro pensamento que veio à minha mente foi: “Será que 300 opiniões expressam a real vontade de todos os usuários de ônibus que serão afetados por esse não investimento?”.


 


Em outro caso, uma pessoa me apresentou empolgada um resultado de 93% de satisfação dos colaboradores com o programa de comunicação interna de sua empresa, o que a primeira vista é excelente. Porém, após uma rápida análise, vimos que ele reflete a opinião de 25 colaboradores de um total de 3 mil. E mais, dessas 25 opiniões, 15 vieram do próprio departamento responsável pela realização da pesquisa. E o ponto mais importante disso é que esse resultado foi apresentado ao Conselho de Administração como extremamente positivo e justificador da manutenção de investimentos no programa.


 


São várias as situações que nos levam no dia-a-dia a olharmos os resultados rapidamente, muitas vezes superficialmente, mas fica o alerta a todos os gestores que avaliam resultados de pesquisas ou de monitoria para analisarem os métodos de apuração do resultado, as bases de cálculo e a margem de erro que o resultado traz. Isso criará melhores condições para a tomada de decisões.


 


Abraço


 


Vladimir

0 comentário em “Estatística: amiga ou vilã?”

  1. Concordo com vc, Vlad – e tenho mais um ponto de vista para essa tal de “estatística”
    No segmento de Call Center, usa-se o cálculo amostral como “carta na manga”, ou seja, quanto menor o risco, maior o acerto. Pensando na monitoria interna, me questiono o quanto realmente é importante desprender trabalho no cumprimento amostra. Não seria melhor aumentar a carga de empenho para a melhoria dos processos?

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