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Faça disrupção no seu negócio antes que outros o façam!

No cenário de negócios estamos vivenciando transformações
cada vez mais rápidas e de maior amplitude. Um rápido olhar ao passado recente
mostra quão impressionante é o ritmo das mudanças. Em 1995, há apenas 20 anos,
éramos 35 milhões de navegantes na Internet mundial. Hoje somos quase três
bilhões, cerca de 40% da população mundial. 80 milhões usavam celulares, hoje
três em cada quatro pessoas do mundo tem um, ou mais de 5,2 bilhões. As quinze
maiores empresas ligadas à Internet representavam na bolsa americana cerca de
17 bilhões de dólares. Hoje valem mais de 2,4 trilhões de dólares, que é mais
que o atual PIB brasileiro. Menos de uma década após seu IPO, a receita do
Google cresceu de três para 60 bilhões de dólares. Sim, a velocidade realmente impressiona:
há apenas seis meses o Facebook registrava um bilhão de vídeos vistos
diariamente. Hoje são quatro bilhões. A própria Internet está mudando rápido:
hoje já é móvel. 55% dos seus acessos são oriundos de smartphones e tablets e
pelo menos 30% dos vídeos vistos o são por estes dispositivos.

A transformação digital está desafiando e criando rupturas
em todos os setores de indústria, criando novos modelos de negócio e novas
maneiras de fazer uma empresa operar. A magnitude desta transformação não pode,
em absoluto, ser ignorada pelos executivos das empresas.

Talvez nem todos os CEOs tenham percebido a amplitude desta
transformação potencial que está à nossa volta. As inovações tecnológicas
evoluem de forma exponencial, permitindo 
a criação de novos e inovadores modelos de negócio que se chocam com os
modelos estabelecidos há décadas. Disruptores digitais surgem cada vez mais
rápido por uma simples razão: a distância entre uma ideia e a realização
digital é agora tão pequena (e tende a diminuir continuamente), causada pelo baixo
custo e pela facilidade de se construir soluções tecnológicas que mesmo um
grupo de jovens com muito pouco dinheiro, e 
que não conhecem uma indústria podem criar um novo e bem sucedido modelo
de negócios disruptor.  O AirBnB e o Uber
não foram criados por experts oriundos da indústria hoteleira ou de táxis.

A razão é que a inovação vem agora do mundo do software e
não mais do mundo físico. Assim, o custo e velocidade mudam completamente,
criando um cenário inteiramente novo. No mundo físico dois fatores limitantes
são o capital e a informação. Mas com o barateamento das tecnologias de desenvolvimento
de software, a barreira não é apenas reduzida, mas simplesmente destruída.
Pode-se a partir de um insight num Starbucks criar um app em poucos semanas ou dias,
com o poder de mudar todo um setor de negócios. Com a rápida disseminação de informações
(acesso a eventos como TED, Coursera, 
papers grátis e incontáveis grupos de discussão) e o custo zero de ferramentas
de desenvolvimento (SDK- System Development Kits) podemos facilmente considerar
que o custo de desenvolver uma solução seja pelo menos 10 vezes menor que há 20
anos. E pela facilidade de troca de ideias podemos ter 10 vezes mais inovadores
circulando por ai, colocando sua imaginação em prática. O resultado? Pelo menos
100 vezes mais potencial de inovação disruptiva hoje que há duas décadas atrás.
E daqui a dez anos provavelmente será 1000 vezes mais! Inovação disruptiva
significa competição inesperada, de onde menos se espera…

O mundo digital é anabolizado pelo software e a fórmula da
disrupção neste novo mundo é simples, mas devastadora. Disrupção = Pessoas com
ideias digitais inovadoras + infraestrutura tecnológica barata (cloud
computing, SDK, etc). Em cloud computing vemos uma competição agressiva chamada
de “race to zero”  onde os custos tendem
a cair a zero. Isso mesmo, zero. Um primeiro exemplo é o recém anunciado Google
Photos (http://www.businessinsider.com/google-leads-cloud-storage-race-to-zero-2015-5
). Um efeito colateral é que a falha hoje é menos impactante. Como o custo de
colocar de pé uma ideia é muito baixo, uma falha não pesa tanto quanto no mundo
analógico. Não existem ativos a serem desmobilizados. Nem existe um data
center, pois não faz sentido pensar em criar um data center para uma  ideia digital e nem licenças de software que
não precisam mais ser adquiridas.

O desafio é que muitos executivos do mundo analógico ainda
não perceberam o quanto isso mudará o mundo dos negócios. A ruptura digital não
afeta apenas industrias tipicamente digitais, como mídia e música, mas toda e qualquer
indústria. Na mídia já é indiscutível. Os leitores já gastam diariamente quatro
vezes mais tempo consumindo informações por tablets e smartphones do que por
veículos impressos. Os anunciantes também estão migrando e empresas como
Procter & Gamble e American Express já realizam 70% de sua publicidade em
vídeo na web.

Qualquer que seja o setor de indústria, os CEOs devem
perguntar a si mesmo: a) o meu atual modelo de negócios resistirá a tentativas
de ruptura causado por um novo entrante nascido na era digital? b) esta mudança,
se houver, será rápida, ou ainda me permitirá uma transição suave? e c) o que
eu preciso fazer para transformar meu modelo de negócios atual e a cultura de
minha empresa para me reposicionar no mundo digital?

Muito provavelmente a resposta será desafiadora. E que
fazer? Antes de mais nada adote um mindset disruptivo. Entenda que nem sempre
um profundo conhecimento de sua indústria o fará ser disruptivo nela.
Provavelmente não, pois a tendência é limitar nossa criatividade aos limites
atuais impostos pela indústria que conhecemos. A competição na sua industria virá
de outra indústria, talvez até da própria indústria de tecnologia. A indústria
hoteleira que o diga!

Aliás, nem tem muito sentido as empresas de consultoria
ainda falarem em segmentos por indústria. Cada vez mais a competição é
cross-industry, com os limites da competição e inovação entre as indústrias
simplesmente deixando de existir.  Uma
inovação em uma indústria chega rapidamente a outra. E a disrupção em uma pode
afetar de forma dramática outra completamente diferente. Alguém imaginou que um
Google, que começou como um simples buscador da Web,  destruiria o valor de uma empresa fabricante
de celulares tão sólida quanto a Nokia? Ou que um fabricante de micros como a Apple
mudaria a indústria de música? Em tempo, a própria Apple está destruindo o seu negócio
iPod para entrar em um novo modelo, de streaming de vídeo. Portanto, aja como
um disruptor, antes que outro o seja. Pense que seu negócio estabelecido há
dezenas de anos não garantirá sua sobrevivência nos próximos dez anos. E faça a
disrupção no seu negócio antes que outro o façam. A sua indústria de hoje
provavelmente não será a mesma de amanhã.

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