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Mulheres e Trabalho: Desequilíbrio na Economia Tradicional

Na luta pela igualdade, só vence quem empata! (Pedro Gabriel)

Pesquisa realizada em 2017 pelo Fórum Econômico Mundial revela que as mulheres levarão mais de 200 anos para alcançarem a mesma renda dos homens. As mudanças precisam começar já e numa velocidade que acelere os processos conduzidos com o olhar e preconceitos do passado.

Alguns fatos:

  • O IBGE aponta que o número de mulheres em cargos de liderança caiu 2% nos últimos 4 anos.
  • Pesquisa do Ministério do Trabalho constatou que a remuneração média das mulheres em 2017 corresponde a 85,1% do salário dos homens. Em São Paulo encontra-se a maior diferença salarial entre gêneros – 67%.
  • O estudo “Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil”, conduzido pelo IBGE, descobriu que mulheres dedicam 18 horas semanais a tarefas domésticas, enquanto homens gastam apenas 10. É uma agenda complexa e injusta. Como se dedicar à carreira com uma carga de trabalho tão pesada fora dela?
  • Mulheres representam 44% da força de trabalho, mas apenas 37% ocupa cargos de direção e gerência.

 

Agora, as boas notícias

  • As mulheres estudam mais, possuem formação acadêmica mais ampla, (não que isto se reflita na folha de pagamento); estão, portanto, melhor preparadas para assumir responsabilidades mais complexas.
  • Pesquisa realizada pela consultoria McKinsey constatou que empresas com mulheres em cargos de liderança aumenta em 21% a chance de terem desempenho acima da média.
  • Um estudo do BCG – Boston Consulting Group –  analisou 350 startups e concluiu que as empresas formadas por homens receberam mais investimentos iniciais do que aquelas comandadas por mulheres; porém estas garantiram 10% a mais de renda acumulada a longo prazo.
  • De acordo com a pesquisadora americana Cindy Gallop, 80% das decisões diárias de consumo são feitas pelas mulheres, numa combinação de poder e influência, e são donas de 1/3 dos negócios do mundo.

Dá para melhorar o cenário? Algumas reflexões

  • Mulheres precisam aumentar sua presença no ambiente de decisão para mudar padrões anacrônicos e propor ideias criativas na gestão do negócio, criando oportunidades de crescimento para outras mulheres e sendo inspiração para jovens profissionais, que passam a ter lideranças femininas como exemplos de sucesso.
  • No âmbito do empreendedorismo, é importante que as mulheres reconheçam a existência de suas colegas na esfera de negócios. Isto faz com que o ecossistema comandando por elas – 24 milhões no Brasil – seja produtivo e apresente um crescimento consistente e saudável.
  • As empresas precisam ter políticas mais claras em seus processos de seleção (não são cotas, apenas uma mudança de visão), com mais justiça e equidade na seleção de candidatos. Bom saber que muitas empresas estão adotando medidas de inclusão e diversidade em sua pauta de responsabilidade social.
  • Em função da natureza pervasiva da tecnologia – leia-se: está em tudo que é lugar – é preciso valorizar as disciplinas STEM (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). As estudantes precisam ser não só usuárias, mas criadoras de produtos que já consomem ou vão consumir no futuro, sejam apps, games, vídeos, blogs, livros, música ou qualquer forma de conteúdo. É importante que construam o ambiente virtual onde já passam boa parte do tempo. Uma vez que a tecnologia nos alimenta, vamos pelo menos escolher quais alimentos queremos consumir. Previsão de muitas vagas – e muita criatividade – nesta área.
  • O conjunto de habilidades similares como capacitação, preparo técnico, maturidade profissional e formação acadêmica deveria estabelecer o mesmo padrão de cargo e salário numa empresa, mas não é bem assim, como indicam as pesquisas.
  • Reskilling, ou a capacidade de atualizar as competências, é uma saída frente as disrupcões tecnológicas que acontecem o tempo todo. O reskilling faz com que as mudanças sejam encaradas com segurança e tranquilidade.

As mulheres têm foco, formação e exercem boa gestão, não há dúvida. O que faltam são empresas que reconheçam que homens e mulheres têm jornadas, opiniões e experiências diferentes – mas são perfis que se complementam – não só agregando criatividade, mas aumentando a capacidade de entrega de resultados e ampliando a vantagem competitiva da empresa. É o melhor dos mundos!

 

Abraços

Gladis

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