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Pacientes empoderados na era da medicina digital

Todas as áreas da sociedade estão vivendo os efeitos da descentralização
gerada pela transformação para o digital. Com mais gente vivendo no
planeta são necessárias novas soluções para resolver a complexidade, e daí é
preciso alterar a forma de intermediação entre os seres humanos, em especial nas
relações entre as pessoas e as instituições. E este é o maior desafio de
hoje – o problema da qualidade na quantidade e quantidade com qualidade
.

Na Medicina não
será diferente.

As tecnologias que estão sendo
criadas apontarão na direção de mais e mais poder para que os pacientes cuidem,
ao máximo, das suas próprias doenças. Isso já vem sendo, de forma ainda simples,
através do chamado Dr.Google. Em fevereiro deste ano saiu uma matéria na
versão online da revista Isto É Dinheiro. Veja que interessante este
trecho – “
O índice de brasileiros que buscam o Google
como primeira fonte de informação em casos de problemas de saúde já chega
próximo ao dos que buscam imediatamente um médico. São 26% que têm o mecanismo
de busca como primeira opção, ante 35% que recorrem a um médico.” A mesma matéria
conclui com um dado importante: 25% dos brasileiros têm plano de saúde enquanto
70% estão conectados à internet.

Ao mesmo tempo que percebemos as
instituições que regulamentam o setor colocando em xeque algumas iniciativas
que envolvam uma maneira nova de tratar o assunto de empoderamento do paciente –
sob a perspectiva da ética médica, já existem grupos na web de pacientes de
doenças crônicas que ganham aprendendo um com os outros.

Vamos para mais um exemplo, em uma
reportagem no começo de agosto no canal Globosat, foi apresentada uma
comunidade na Inglaterra que está trabalhando para hackear uma bomba de
insulina, que é um aparelho bastante caro, para pressionar os laboratórios a
encontrar uma solução mais barata para quem depende regularmente desta solução,
no caso controlar o diabetes. Em outro artigo, desta vez na Exame (data
de agosto também), vimos outra iniciativa que prevê que seja possível, em
breve, medir a pressão arterial pelo próprio celular através de uma selfie
– o aplicativo realizada a medição arterial dos usuários a partir do reflexo da
hemoglobina com a luz emitida pelo smartphone.

E certamente esta é uma das megatendências:
a descentralização – as pessoas terão que aprender cada vez mais a tomar um
número maior de decisões.
A web nos possibilitou acesso a um grande volume
de informações que antes estavam restritas, concentradas, em alguns núcleos
específicos. Isto significa para os pacientes que o nível de decisão sobre a
sua própria saúde vai aumentar.

Enfim, estamos longe de encontrar uma
resposta, mas é preciso aumentar a taxa de reflexão: quem ganha se o paciente for
atendido diretamente pela web? As instituições públicas poderão ter um alívio
nos custos e na qualidade do atendimento presencial? Os planos de saúde terão
que pagar menos consultas que muitas vezes são problemas decorrentes como gripes,
resfriados, viroses?

Obviamente teremos que separar
prevenção, atendimento de rotina, atendimento em crises e intervenções. Enfim,
nesta era digital muda a forma do
papel do médico que ainda será muito necessário neste novo século.

A única certeza neste
momento é que o futuro que estávamos acostumados está cada vez mais incomum do
que imaginávamos no passado. No entanto, só é um futuro incerto para quem não compreende
o presente. 

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