Perplexo. Foi assim que me senti no final da sexta passada.
Eu voltava de uma reunião no Rio ao lado de Anete Schoeneberg, CEO da Incentiva
quando ela me mostrou um QR Code em um anúncio e me perguntou o que eu achava
desses códigos como ferramenta de marketing.
(E aqui cabem parênteses
para explicar ao mais desavisados do que estamos falando. QR Codes, Quick
Reference Codes, códigos de rápida referência, aqueles quadradinhos que parecem
“testes de Rorschach”, são uma evolução dos códigos de barra e foram criado em
1994 por uma subsidiária da Toyota para rastrear os veículos durante o processo
de manufatura. Hoje, graças ao fato de haver sido desenhado para ser
decodificado com grande velocidade e também à sua relativamente grande
capacidade de armazenamento de dados, invadiram outras indústrias e chegaram ao
marketing. Tecnicamente, consistem de módulos pretos arranjados sobre um fundo
quadrado branco. A informação codificada pode ser feita com quatro tipos (“modos”)
de dados (numéricos, alfanuméricos, binários e kanji, os caracteres chineses),
ou através de extensões que suportam virtualmente qualquer tipo de dado.)
Mas, voltando à minha perplexidade, ele deveu-se ao fato de
que, apesar de já haver escrito artigos sobre o assunto, eu percebi naquele
instante que tinha sérias dúvidas. Atualmente, os QR Codes estão em todos os
cantos: anúncios, cartazes, até na TV do metrô. Mas será que eles funcionam
mesmo? Eu mesmo nunca me flagrei escaneando um deles, nem nunca flagrei ninguém
fazendo isso ao meu lado. Então, qual a sua eficiência desses “bichinhos”? No campo do marketing,
claro, pois não tenho dúvidas de que no campo da logística foram um avanço
extraordinário.
Vou colocar em seguida a opinião de alguns profissionais,
recolhidas em um grupo do LinkedIn do qual faço parte, o eMarketing Association
Network. Mas gostaria de ouvir
opiniões de vocês.
William O´Connell MBA Eu penso que tem valor apenas quando emparelhados com
outras ferramentas de marketing. QR codes são
principalmente uma maneira efetiva de transmitir informações, usando
equipamentos movies, mas são apenas os mensageiros. Pense nos UPC [Universal
Product Codes, os códigos de barras que são padrão. NT] que estão nas
prateleiras das lojas. Eles não têm valor sem o sistema de preço a que o código
de barra está associado. Ligue seu QR code a um web ou a um número de telephone,
mas lembre-se que os websites devem estar desenhados para celulares.
Chris Dewitte Com a Internet móvel e os smartphones
tornando-se a norma, há uma expectativa crescente do público ser capaz de obter
a informação que recebem pela Internet em casa diretamente em seus celulares. QR
codes são um desenvolvimento muito excitante para as mídias impressa e
exterior. Por exemplo, você pode acrescentar a um anúncio de um filme a possibilidade
de assistir o trailer em seu telephone, de baixar um wallpaper do filme e também
de descobrir onde ele está passando perto. Essa publicidade dinâmica adicionará
valor para anunciantes e consumidores ao mesmo tempo. Calvin Klein (Nova York)
, Galeries Lafayette (Paris), Ralph Lauren (a loja em Manhattan) já estão
usando-os em suas comunicações. O Facebook está pensando em implementar QR
codes para seus participantes. A proliferação de telephones equipados com internet,
como os iPhones, Android e os Nokia mais recentes dá aos anunciantes uma tremenda
oportunidade de atingir uma audiência grande e engajada. Com os códigos movies,
os mundos offline e online podem agora ser ligados. Um escaneamento de um
anúncio impress levará instantanea e e diretamente as pessoas para um website
de suporte e as oportunidades a partir daí são infinitas. As pessoas usarão
telefones e 2D-Codes para navegar no mundo físico como usam o mouse e links da
web para navegar no mundo online.
Outras opiniões serão publicadas em
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