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Qual o perfil ideal do profissional da área de Gestão de Dados?

Artigo escrito por Bergson Lopes Rego, vice-presidente da DAMA Brasil e fundador da BLR DATA, empresa especializada em consultoria e treinamento em Gestão e Governança de Dados. Autor do livro Gestão e Governança de Dados – Promovendo dados como ativo de valor nas empresas publicado pela editora Brasport. Publicado em BLR Data

Com o surgimento de novos cenários, requisitos e tecnologias para alavancar a competitividade das empresas, tornou-se necessário uma reflexão sobre o perfil ideal do profissional para atuar na área de Gestão de Dados.

Em tempos de crise, este tipo reflexão se torna cada vez mais frequente pelas empresas e também pelos profissionais. Ter o domínio técnico da Gestão de Dados, é suficiente para o profissional se destacar no mercado, em áreas ligadas aos dados e informações? Acreditamos que não.

Conforme podemos observar na figura a seguir, este novo perfil é composto por seis grandes habilidades: domínio da gestão de dados, visão estratégica, marketing, habilidades comportamentais, conhecimento da tecnologia e por fim, conhecimento do negócio da empresa.

A habilidade da gestão de dados representa o domínio teórico da disciplina Gestão de Dados e a aplicação com desenvoltura deste conhecimento na prática pelos profissionais que atuam na área. O conhecimento do guia de boas práticas DAMA-DMBoK®, com suas atuais 10 funções de dados é um dos principais itens que devem ser considerados em um plano de desenvolvimento desta habilidade.

Devemos ter em mente que, para cada papel exercido, deve-se levar em conta o grau de conhecimento necessário sobre cada função de dados do DAMA-DMBoK®.

Na prática, o grau requerido de conhecimento na função “Arquitetura de Dados” para o papel do Curador de Dados (ou Gestor da Informação), não é tão grande quanto o desejado para o papel de um Arquiteto de Dados, por exemplo. Já o conhecimento avançado na função “Arquitetura de Dados” deve ser considerado obrigatório para o papel de um Arquiteto de Dados.

A habilidade referente à visão estratégica indica que nos dias atuais, o profissional de gestão de dados deve estar alinhado com a estratégia da empresa. Conhecer o mapa estratégico ou outra fonte de informação neste sentido, e direcionar suas ações ao encontro das diretrizes estratégicas da empresa é um requisito fundamental para esta habilidade.

O conhecimento e aplicação de novos conceitos e ferramentas ligadas a gestão estratégica, como por exemplo: análise de swot, ferramentas para qualidade, business model canvas, design thinking, gameficação, etc.. colaboram para o aprimoramento desta habilidade.

Podemos dividir a habilidade ligada ao marketing em dois grandes grupos: O primeiro, ligado ao marketing pessoal, onde o trabalho da percepção dos pontos fortes e pontos de melhoria são identificados pelo próprio profissional que, através de técnicas específicas procura divulgar com maestria o que ele tem de mais positivo e corrigir/aprimorar, de forma ágil, seus pontos fracos e vulnerabilidades.

Já o segundo grupo se refere à habilidade de promover o marketing interno da área, também conhecido como “endomarketing”, onde a divulgação da área é feita de forma usual pelo profissional.

As habilidades comportamentais representam a conduta e a postura do profissional perante as situações diárias em que é submetido. Características pessoais como: Agilidade, Bom Senso, Comprometimento, Didática, Objetividade, Pró-atividade e Racionalidade compõem boa parte dessas habilidades.

Este conjunto de habilidades por muitas vezes é negligenciado por alguns profissionais, tornando mais difícil o cumprimento das suas atividades e objetivos, bem como uma possível ascensão profissional.

Vale ressaltar que, hoje em dia, não há mais espaço para o profissional “tarefeiro”, que fica aguardando solicitações de tarefas para executar suas atividades.

Em relação à tecnologia o conhecimento das principais soluções ligadas aos dados, e também das ferramentas utilizadas para apoiar a gestão dos mesmos, é um bom ponto de partida para o desenvolvimento desta habilidade. Aqui também vale o conceito de que, dependendo do papel executado, o profissional de gestão de dados não precisa ser um expert no uso de uma ferramenta ou tecnologia específica, porém deve ter conhecimento suficiente para discutir e participar de debates com os especialistas em cada ferramenta e/ou tecnologia envolvida em suas atividades.

O conhecimento do negócio envolve o domínio pleno das regras, regulamentações e características de funcionamento de uma empresa ou área específica dentro da mesma, sempre em alinhamento com suas necessidades e cultura interna.

Certamente, o conhecimento do negócio da empresa é a habilidade mais difícil de encontrar nos profissionais do mercado. Afinal, mesmo existindo segmentos de atuação já consagrados como varejo e mercado financeiro, há de se levar em conta que cada empresa possui cultura organizacional e objetivos diferentes das suas concorrentes. Portanto, nenhuma empresa é totalmente igual à outra. Das habilidades listadas neste artigo, esta é a que costuma ter mais investimento em tempo para qualificar os profissionais.

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