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SMS se mantém como carro-chefe em serviços adicionados no Brasil



Convergência Digital (Ana Paula Lobo):

 


Estudo realizado pelo portal Teleco, contratado pela Acision, estima que 70% dos usuários de celulares usem o SMS no Brasil, sendo que, em São Paulo, na capital esse número sobe para 86%. O levantamento constata, porém, que o consumo do serviço é bem abaixo da expectativa. Na capital paulista, a média de SMS enviados é de 32/por celular, número que cresceu nos últimos anos, mas ainda inferior ao apurado na média da região latino-americana (37 SMS/mês).

Batizado de Monitor de Serviços de Valor Adicionado Móvel (MAVAM), o levantamento, divulgado nesta quarta-feira, 30/09, na capital paulista, mostra que ainda há muito por fazer com relação ao consumo de serviços na telefonia celular no Brasil. O SMS – mensagem de texto – prossegue sendo o produto mais utilizado, principalmente, nas faixas etárias mais jovens (14 a 24 anos).

O levantamento Acision/Teleco mostra que as operadoras brasileiras tem um longo caminho a percorrer para, efetivamente, alcançarem lucratividade com os serviços de valor adicionado. O consumo desses produtos no Brasil está bem abaixo da média, e uma das explicações é de que aqui, as teles investiram no serviço de voz, o carro-chefe da receita. Tanto é assim que o custo de um SMS é praticamente equivalente ao de uma ligação tradicional -R$ 0,40 (voz), R$ 0,24 (SMS). Posicionamento não adotado em outros países da AL.

Na Argentina, por exemplo, a diferença de preço é bem mais gritante entre o serviço de voz e o de dados. Lá um SMS, segundo os dados levantados no MAVAM, custa R$ 0,05. Uma ligação de voz sai a R$ 0,23/ minuto. Na Venezuela, país da região com o maior consumo de SMS – 103 por pessoa/mês – essa distância é ainda maior. Enquanto o SMS sai a R$ 0,21, o minuto da voz custa R$ 0,75. Nos Estados Unidos, onde o SMS era pouco utilizado, segundo reportou o CEO mundial da Acision,Rory Buckley, que veio ao Brasil para acompanhar o lançamento da iniciativa da susbsidiária nacional, houve um incremento e uma reavaliação estratégica por parte das operadoras. Tanto é assim que nos EUA são enviados 388 SMS/por pessoa.

“Temos um desafio, como empresa, que é o de valorizar o mercado do Brasil e o do Japão, que consomem pouco serviços de messaging, apesar desses produtos garantirem uma rentabilidade de 25%. É díficil de entender o porquê do SMS não ter explodido no Brasil, mas foi uma diretriz da operação móvel. Agora, com a 3G, esses produtos devem ganhar uma atenção especial. Eles são rentáveis. Eles dão lucro e é essa a busca incessante das operadoras”, detalhou Buckley.

Se o SMS é pouco utilizado no Brasil, o MMS ( que é o envio de video via celular) é menos ainda. Mundialmente, 15% dos assinantes móveis usam o serviço. O MAVAM revela que no Estado de São Paulo, esse percentual é de 8%. Na capital sobe para 10%. Na média, no Estado há o envio de 1 MMS/mês e de 1,3/mês na capital, com um custo médio de R$ 0,54 por MMS. Nos Estados Unidos, esse número sobe para 4,6 MMS/mês. O levantamento do Teleco ouviu 500 pessoas em São Paulo, de diferentes classes sociais e econômicas, durante o mês de setembro.

O estudo Teleco/Acision revela que VAS representa 12% das receitas de serviços móveis, frente a 88% vindo do tráfego de voz. Na composição dos serviços de valor agregado, o SMS responde por 51%. A internet fica com 34%. Já os 15% restantes vêm de aplicativos diversos, como música, jogos, propaganda móvel, serviços financeiros e mensagens multimídia (MMS).

A ideia da Acision é usar o levantamento para fazer um diagnóstico do número de usuários, uso e receita por tipo de serviço de VAS Móvel no Brasil. O estudo será divulgado trimestralmente e abrangerá as áreas: Mensagens (SMS, MMS, Email, Mensagens Instantâneas), Entretenimento (Música, Ringtone, Imagens, Jogos, TV e vídeo), Acesso à Internet e Banda larga, Redes Sociais, Pagamentos e Banking e Marketing (propaganda via SMS) e Advertising ( publicidade via SMS).

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