Dar de presente um relógio inteligente para seu filho parecia uma boa ideia.
Ou pode chamar de “cavalo de troia”, se é adepto do discurso irônico. Porque, ao comprar o dispositivo, você leva de brinde um aplicativo que vai permitir saber onde seu filho está e o que ocorre em volta.
Tudo muito inocente, claro. Apenas com o objetivo de tomar providências imediatas em caso de um sequestro, por exemplo.
Ocorre que também vai ouvir tudo o que ele e seus amiguinhos conversarem. Em outras palavras, adeus privacidade do garoto ou da garota.
Mas tudo bem: a segurança de quem você ama acima de tudo, certo?
Bem, já que é assim, que tal ouvir também o que os professores estão dizendo? Se você tem lido alguma coisa do pessoal do “escola sem partido” pode até pensar que está certo, mas não está não. Não se pode simplesmente mandar para o ralo a privacidade de terceiros.
Até aí, porém, estamos apenas no campo da ética. Que pode ser pantanoso, mas que não costuma nos devolver na testa o que jogamos distraidamente nele.
Ou será…
