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Velha mídia” contra-ataca e ameaça reinado do YouTube



(artigo do AdNews)




A disseminação de conteúdo gratuito na web acordou grandes gigantes da mídia. Depois de um sono que durou anos, a chamada “velha mídia” americana decidiu apostar, mesmo que tardiamente, na onda que atrai cada vez mais audiência e parece ser o filão do momento. E o resultado desta incursão tem sido positivo, como mostra análise feita Daniel Lyons, colunista de tecnologia da revista Newsweek.


Lyons foca seu estudo no site de vídeos Hulu, comandado pela News Corp, tradicional grupo de mídia nos EUA, dono da Fox e NBC Universal, entre outros títulos. Segundo ele, o sucesso do site detona a tese de muito comentada no início da web de que “caras da velha mídia não sabem ´fazer´ a  internet”. Hoje, o Hulu desponta como concorrente à soberania do YouTube, mais popular site de vídeos na internet.


“Diferentemente do YouTube, o Hulu mantêm vídeos com conteúdo autorizado –como apresentações da NBC, Fox e outras. E também possui ótima tecnologia –uma interface limpa e de manuseio simples, e uma ferramenta de buscas inteligente. Atualmente, apenas um ano depois do seu lançamento, o Hulu ganhou vantagem”, afirma Lyons.


Audiência x faturamento


A comparação vai além. Se por um lado, o YouTube é bem superior em termos de audiência (89,5 milhões contra alguns milhões), por outro, em termos de receita, o Hulu se sai melhor, de acordo com Lyons. Embora a informação não seja confirmada pelas empresas, dados da Screen Digest mostram que o Hulu teve S$ 65 milhões de investimentos com propagandas nos EUA, dos quais US$ 12 milhões se converteram em lucro líquido. Já o YouTube, gerou US$ 114 milhões –mas sem nenhum lucro.


A expectativa da Screen é que a renda do Hulu cresça US$ 175 milhões nos EUA e que o faturamento do YouTube aumente pouco. De fato, o site da  News Corp tem mais espaço para publicidade: comercializa 100% do que tem enquanto o site de vídeos do Google disponibiliza somente 3% a 4%.


Apesar de todo este histórico, o Hulu insiste em dizer que não compete com o YouTube. Mas, na visão de Lyons, independente disso, a ameaça do modelo de conteúdo gratuito na web é real e já tem vítimas pré-selecionadas.”De fato, as reais vítimas talvez sejam as companhias de TV a cabo. Por que pagar US$ 100 por mês para uma assinatura de TV a cabo quando você pode ter muito mais conteúdo on-line, sem nenhum custo? Filmes e programas de TV estão submergindo com a internet. Qual a lição disso? Talvez aqueles caras da velha mídia ainda saibam como capturar uma audiência –e fazer dinheiro com isso”, resume Lyons.


Com informações da Newsweek


Por Marcelo Gripa

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