WhatsApp: a questão é bem maior e afeta o mundo inteiro

O crescimento da encriptação em apps e outros formatos móveis pode querer dizer que as dores de cabeça dos governos estão só começando 
A penetração do WhatsApp no Brasil é impressionante: a Nova/sb e a Ilumeo relaram em janeiro de 2016 que 95% dos usuários de internet no Brasil usou oi WhatsApp em 2015, 8% a mais do que o app de mensagens colocado em segundo lugar, Facebook (vale a pena observar que o WhatsApp pertence ao Facebook). E isso não ocorre apenas no Brasil: na Argentina, cerca de metade (47%) dos usuários de internet pesquisados por Carrier y Asociados em abril de 2016 disseram que grupos no WhatsApp são as suas plataformas de mídia social preferidas; 70% disseram ter usado a plataforma em abril 2016. Na verdade, enxergar as questões atuais — como os recentes bloqueios do aplicativo no Brasil — como um problema puramente latinoamericano pode ser um equívoco: usuários de smartphones e tablets estão crescendo em todo o planeta, e esse crescimento redunda em crescimento dos usuários de mídia social e dos apps de mensagens. A eMarketer estim que 2,19 bilhões de pessoas em todo o mundo usarão apps de mensagem via celulares em 2019 (1,61 bilhões neste ano). Algumas das maiores audiências estão na região Ásia-Pacífico. À medida em que os apps encriptados e outras formas de encriptação móvel tornam-se mais pulares, a história deixa de ficar circunscrita a um ou outro app, como o WhatsApp. Afinal, estamos falando de 1,6 exabytes de dados móveis por mês que serão trafegados em todo o mundo este ano (só dados de vídeos geram um tráfego maior). No ano que vem, o número passa a ser de mais de 2,2 exabytes de dados móveis encriptados. E nem todos são inofensivos. Sabemos que, no ano passado, terroristas do ISIS e de outros grupos comunicaram-se via apps encriptados, o que fez com que tecnologias de encriptação, como a que a Apple desenvolveu para encriptar chaves do iPhone, entrassem no radar da política. O fato é que o WhatsApp está na intersecção entre o direito à privacidade e a necessidade dos governos terem acesso à novas tecnologias. Se vai manter sua forma atual ou começar a cooperar com os governos é algo a ser visto. Fonte: eMarketer

Medium está lançando um novo mercado para escritores
Um dos objetivos do Medium é ajudar escritores e editores a serem pagos pelo trabalho que publicam na popular plataforma de blogging. Nessa direção, acaba de lançar The Creative Exchange, um programa que busca conectar criadores com as marcas. A plataforma anunciou o programa com grande fanfarra — “…será um dos maiores projetos que já lançamos no Tumblr, disse David Karp, CEO da empresa. Mas alguns analistas enxergam a coisa toda de uma forma mais simples. O pessoal do Content Marketing Institute, por exemplo, considera que se trata basicamente um estúdio ou uma agência de conteúdo que etá recrutando talento criativo entre a população de seus escritores. Os detalhes ainda estão sendo discutidos, mas isso, de qualquer forma, abre algumas fascinantes oportunidades para recompensar criativamente o talento top o que pode dar uma vantagem significativa em relação a outros marketplaces de escritores freelancers. Fontes: Content Marketing Institute, The Wall Street Journal

Airbnb: já que não podemos vencê-lo, vamos taxá-lo
A essa altura, a maioria das cidades e dos estados dos EUA aceitaram que não conseguirão se liberar do Airbnb – embora não por falta de tentar. Mas, uma vez que se convenceram de que o site de compartilhamento de acomodações está aqui paa ficar, resolveram partir para outra solução e conseguir alguma receita com ele: impostos. Estados como New Jersey e Massachusetts estão tentando taxar o Airbnb. “Nós apoiamos iniciativas que facilitam para nossa comunidade pagar uma fatia justa de impostos e estamos ansiosos para trabalhar com os legisladores de Massachusetts e New Jersey para fazer isso acontecer”, disse Christopher Nulty, o portavoz do Airbnb. Fonte: Mashable

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