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A ampla missão dos líderes



Autora: Martha Villela

 

Na falta da mão-de-obra qualificada nos call centers, nos cabe repensarmos a missão das posições de liderança em todos os níveis. Perceber que líderes possuem hoje uma missão mais ampla – educar seus funcionários para o trabalho. Agir organicamente para que o grupo sinta-se “parte importante”. Esse aprendizado é a oportunidade de ver essas pessoas expressando uma nova e mais qualitativa maneira de ser e fazer.

 

Para se obter o esforço individual e disponibilidade para esse aprendizado de cada um  na empresa, é preciso que o líder siga firme e amorosamente, na decisão de dar a mão àqueles funcionários que necessitem de apoio no processo de aprendizado. Esse formato de atuação dá mais trabalho, mas facilita promover as mudanças que desejamos ver nos times, nos resultados e nas empresas. Esse tipo de relação líder x liderado, faz com que os envolvidos tornem-se abertos, receptivos e mais felizes.

 

Não basta ser bom no que faz, precisamos de pessoal articulado, positivo, assertivo e humanizado. É isso que nos faz querer ficar próximos um dos outros, é isso que os clientes sentem até pelo telefone ou num e-mail.

 

Com bons educadores na liderança, os bons resultados chegam e existe uma tendência individual de se desfrutar dos resultados e pensar que o aprendizado e trabalho foram concluídos. Esse é o ponto. É preciso despertar para um novo olhar e um passo a frente. Passo de ousadia no expressar e realizar. Passo de criatividade e quebra de modelos, pois a tarefa nunca estará concluída.

 

Integrem-se, entreguem-se, impulsionem-se, complementem-se e inspirem-se! Esqueçam das nomenclaturas de cargo que separam e codificam as pessoas e façam do trabalho uma experiência muito mais rica pra você mesmo e para empresa.

 

O desafio atual é existencial e psicológico. É assimilar o que cada um é e desenvolver o que cada um pode ser. Tomando essa direção com inteligência, ao invés de nos perguntarmos qual o caminho para os melhores resultados, qual a solução para o turn-over e mão-de-obra desqualificada, vamos apenas enfrentado os desafios que aparecem, pois estaremos ocupados vivendo num ambiente de mútua assistência, segurança e consequentemente motivação. Daqui  brotam os “laços” entre as pessoas, e muitas vezes eles são bem mais fortes que o salário e benefício de outra empresa,  e esses mesmo laços começam a ser sentidos pelos que estão chegando à empresa e precisam ser preparados, quando percebem, lançam-se com sede de aprendizado, porque tocamos a emoção uns dos outros.

 

Criamos o que “falta” na vida da maioria das pessoas – prazer. Prazer de aprender,  Prazer de pertencer à empresa  e zelar por ela, de realizar seu trabalho bem feito, de desejar se superar.

 

O desejo geral, em todos os ambientes é a integração a ser desenvolvida e exercida, onde os objetivos falidos de valorizar  conflitos e diferenças são minimizados, e passamos a entender que todos somos complementares. Entender e saber viver essa subjetividade tornou-se vital para evolução profissional e pessoal.

 

As pesquisas dizem que a maioria dos trabalhadores são insatisfeitos no seu ambiente de trabalho. Se alargarmos nosso olhar, a insatisfação não é no trabalho, é em vários setores da vida de cada um e, sendo o trabalho o mais fácil de culpar, pois está fora de nós mesmos, é nele que vamos descontar. Por isso o clima  precisa ser muito bom e superior, para que  sintam que ali é um lugar feliz de se estar e que cada vez mais desejem voltar.

 

Martha Villela é consultora de marketing, com ênfase em gestão de mudanças. ([email protected])

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