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A busca do equilíbrio saudável

Autor: Alexandre Prado
Empresários, empreendedores e executivos estão quase sempre às voltas com a incapacidade de equilibrar a vida pessoal e a profissional. Muitas vezes não sabem lidar com as prioridades nestas áreas distintas e acabam quase sempre tendendo para o profissional.
É comum identificar situações onde estes indivíduos podem perceber que há desequilíbrio: tendem a ser workaholics; são tensos e estressados; não administram bem sua agenda e tempo; misturam problemas pessoais com os de trabalho, e vice-e-versa; sentem-se sobrecarregados e frustrados em relação a si mesmos e aos outros; entre outras.
A preocupação com a qualidade de vida no trabalho por parte dos colaboradores tem crescido globalmente e, no Brasil, 46% dos trabalhadores ainda não percebe equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, em maio de 2007, respondida por mais de 1.000 executivos de 350 empresas, apontou a busca do equilíbrio entre vida profissional e familiar como a maior fonte de angústia dos profissionais. A pesquisa indicou, por exemplo, que:
– 84% dos executivos estão infelizes no trabalho;
– 40% das executivas não têm filhos;
– 54% estão insatisfeitos com o tempo dedicado à vida pessoal;
– 35% apontam problemas com o chefe como a crise mais marcante da vida;
– 76% acessam o e-mail profissional fora do horário de trabalho.
Outra pesquisa, esta conduzida pela COPPE/UFRJ, apontou o autoconhecimento como o norte principal para a questão do equilíbrio pessoal e profissional. Uma vez acessados os seus valores pessoais, cabe ao indivíduo a disciplina de respeitá-los.
O desenvolvimento de novas tecnologias também tem gerado formas inovadoras de equilibrar melhor o tempo, através do ‘tempo flexível’ ou do ‘escritório virtual’. Até mesmo aplicativos e recursos de informática têm contribuído para o almejado equilíbrio.
Saindo da seara teórica e ingressando no mundo objetivo e prático, ações podem ser tomadas – algumas até relativamente simples – e será possível iniciar um processo de equilíbrio:
– Estabelecer um diálogo claro com a empresa, com os sócios e com a família.
– Realizar as tarefas mais desagradáveis logo no início do dia, quando sua energia, concentração e disposição são superiores.
– Fazer pausas estratégicas e não deixar de se incluir na própria agenda: um tempo para si é fundamental!
– Identificar atividades que sejam prazerosas em ambos os ambientes e busque realizá-los de forma a motivar-se.
– Estabelecer prioridades e inserir compromissos e obrigações fora do trabalho: academia, caminhada, aulas de dança, artesanato, ler um livro etc.
– Fazer um inventário do que espera de si mesmo, mais do que saber o que a família espera de você, o que a carreira espera de você, o que o mundo espera de você.
– Procurar perceber onde começa uma área e termina outra.
– Conscientizar-se de si mesmo: identificar, assumir – ainda que só para si mesmo – e deixar claro, sem culpas, seus limites e vontades.
– Refletir sobre o que é mais importante em sua vida, qual o propósito maior e mais profundo que há.
Ao estabelecer um equilíbrio saudável entre ambas as áreas da vida, benefícios diversos podem ser auferidos. Talvez o maior deles seja uma percepção legítima de uma vida vivida satisfatoriamente e feliz. É fundamental, entretanto, a reflexão individual dos valores pessoais e organizacionais. Somente ela permite a tomada de consciência, que é fundamental para aumentar a sua satisfação de vida.
A lista de ações possíveis visando um equilíbrio salutar é infinita e varia de pessoa a pessoa. Asseguro, no entanto, que, adotando estas e outras ações congruentes com o tema em tela, a vida tornar-se-á mais prazerosa. Mas, o mais importante é que, a decisão é individual e intransferível. Ninguém poderá fazer isso por você. Afinal, é a sua vida!
Alexandre Prado é presidente da Núcleo Expansão, coach, consultor, especialista em finanças, escritor, articulista e professor de cursos na área de desenvolvimento humano e organizacional.

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