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A busca pelo melhor



Autor:  André Bocater Szeneszi

 

Há tempos, ouvimos dizer que vivemos no mundo globalizado, da era digital, no mundo sem fronteiras, no qual a velocidade da informação e da tecnologia é uma das nossas maiores conquistas. Porém, apesar de toda esta evolução, nenhum guru foi capaz de antecipar a “malfadada” crise que, em tão pouco tempo, conseguiu alterar por completo o cenário mundial. Mesmo sabendo-se dos iminentes problemas do mercado imobiliário americano, ninguém imaginava uma transformação tão rápida e violenta. O mundo de hoje é bem diferente do mundo de dois meses atrás.

 

Vivíamos em um cenário de dinheiro fácil (leia-se credito fácil), de crescimento industrial incrível, no qual a nossa maior dificuldade era encontrar um engenheiro qualificado e conseguir atrai-lo. Quando conseguíamos contratá-lo, o desafio era rezar para que ele ficasse na empresa pelos próximos seis meses. Com a demanda aquecida, certamente, a concorrência iria descobri-lo em pouco tempo e ofereceria mais dinheiro e benefícios, fazendo o ciclo voltar à etapa zero.

 

Os profissionais que dominam uma determinada tecnologia, ferramenta ou competência técnica especifica faziam leilão entre as ofertas de trabalho. O diferencial do mercado não era o plano de carreira e sim o salário. Neste contexto, vivíamos em um mundo prostituído, no qual as perspectivas profissionais, desenvolvimento e ambiente de trabalho ficavam em segundo plano. O importante era o quanto se ganharia no curto prazo.

 

Era extremamente comum encontrar profissionais que pulavam de “galho em galho”, trocando de empresa como quem muda de roupa. Há cerca de dois meses, a Vale chegou a anunciar, em horário nobre da televisão, a necessidade de contratação de 7.000 novos profissionais.

 

Por outro lado, como a dificuldade de contratar um determinado perfil era imensa, as empresas contratavam o primeiro candidato que chegava mais ou menos perto da qualificação desejada. Como resultado, nos últimos anos, as empresas contratavam aqueles que estavam disponíveis e não os melhores.

 

Pois bem, A Farra Aacabou! O novo contexto mundial trouxe de volta o poder de negociação às mãos das empresas! O mercado de Recrutamento & Seleção volta a sua normalidade, onde o melhor será contratado! Ter bom currículo, estabilidade, boa formação – o que inclui pós-graduação e MBA -, experiências consistentes e bom relacionamento interpessoal voltam a ser as necessidades básicas para uma boa colocação no mercado de trabalho.

 

Agora, com o crédito restrito, as empresas têm menos chances de errar. Logo os critérios de escolha e os processos seletivos voltam ao padrão ideal. A realidade também mudou para os profissionais. Trocar de emprego não é mais algo tão fácil. Ao invés de observar apenas a remuneração e o bônus elevado no final do ano, é hora de voltar a olhar para os planos de carreira e desenvolvimento profissional.

 

O que chama a atenção de um headhunter em um currículo é: Boa Formação (Escolaridade, Universidade e Pós / MBA em escolas de Primeira Linha); Bons Logos (empresas de destaque); Expatriação ou experiência em outra cidade / estado; Experiências profissionais consistentes (com inicio, meio e fim); Participação em Start Up; Fluência em idiomas (Inglês e Espanhol são os mais comuns); Boas referencias profissionais.

 

Lembrando: “o curriculum serve com um chamariz. Ele tem que gerar a curiosidade de quem o esta lendo, para que o mesmo chame o candidato para esclarecer as duvidas!”

 

André Bocater Szeneszi é diretor geral da Alpen Executive Search.

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