A busca reativa

Com tantas mudanças acontecendo ao mesmo tempo, o mercado vive um momento de grande apreensão. O avanço de novas tecnologias e um cliente ainda mais exigente vem impondo novos desafio a cada dia para as empresas. Se algumas estão saindo na frente ao atender as novas demandas, muitas estão tendo que correr atrás do tempo perdido. “Os consumidores passaram a ter mais informação e meios de conhecer outras experiências de consumo, bem como acesso ao meio digital. Isso fez com que tivessem mais poder em suas mãos. O resultado são empresas buscando reativamente atender o mercado”, explica Marcos Fabio Mazza, diretor da MZ Mazza Consultoria & Capacitações, acrescentando que ainda estamos em corridas desenfreadas e até meio desesperadas, mas com o tempo e com o aprendizado contínuo, atender as mudanças será possível.
Como saída, o especialista vê as empresas buscando ferramentas tecnológicas que permitam a maior aproximação com esse novo perfil de mercado. Porém, na opinião dele, estão buscando novamente no marketing de massa estratégias de produto para buscar atender necessidades de grupos de clientes ou de mercado. De acordo com o executivo, o marketing é cíclico. Uma época há maior ênfase no marketing de massa (produtos e vendas horizontais), até que todas as empresas têm produtos ´me too´. Inicia-se, então, uma corrida pelo cliente por meio do marketing de relacionamento. “No entanto, com o crescimento nas vendas verticais e a concorrência chegando perto, precisamos ter produtos inovadores novamente, o que leva novamente ao marketing de massa”, destaca.
Para Mazza, as empresas devem nesse momento iniciar ações que permitam conhecer seu mercado e seus consumidores de forma imparcial e capacitar os colaboradores à escutar e entender o novo tipo de consumidor, “buscando no portfólio de produtos e serviços atuais ou futuros como atendê-los”. Assim, o importante é mudar para acompanhar o mercado. “Existe um enorme inconveniente de mudança e uma falta de coragem estratégica para mudar. A grande pergunta é quanto vai custar para mudar, quando deveria ser quanto vamos perder se não mudarmos.” O consultor alerta que essa decisão deve vir da liderança, embora o que mudar dependa de toda a empresa, numa construção a muitas mãos. “Só depois pode se pensar no que investir.”

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