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A carreira navegando pelo mar azul

Autor: Edilson Menezes
Meu xará e fundador da empresa de eventos KLA, Edilson Lopes costuma usar duas expressões que resumem bem o tema desse artigo. Existe o mar azul, onde navegamos ao sabor de ventos calmos e poucas ondas, sem muitas embarcações disputando o mesmo espaço conosco ou, para ser mais objetivo, sem muitos concorrentes; e o mar vermelho, revolto e com tantas embarcações que os comandantes não conseguem vislumbrar o norte para navegar. É um mar de sangue disputado por incontáveis competidores.
Os autores W. Chan Kim e René Mauborgne detalharam o assunto na obra assinada por ambos, “A estratégia do oceano azul”, onde narram os cases Starbucks e Cirquedu Soleil. É uma leitura que recomendo!
Talvez você pense: mas nós estamos no Brasil. Como entender e aplicar este conceito ao nosso mercado? Vamos lá!
Há alguns anos, você deve se lembrar que praticamente apenas a Bombril navegava no mar azul da produção e venda de lã de aço. É comum que empresas navegantes de mares calmos trabalhem com maiormargem de lucro. De olho nisso, os concorrentes chegaram de todos os lugares. A Bombril não teve opção e precisou expandir seu leque de produtos. Era isso ou a bancarrota.
O Brasil testemunhou ainda diversos outros exemplos semelhantes, como a Tigre Tubos e Conexões, que encontrou um concorrente de peso para disputar as gôndolas dos grandes distribuidores; a 3M do Brasil, que viu-se obrigada a disputar marketshare com inúmeros fabricantes de menor expressão e a tradicionalíssima Vicunha, que um dia reinou soberana e hoje disputa mercado (como se fosse possível) com a injusta invasão asiática de tecidos no Brasil.
Todas estas empresas hoje navegam no mar vermelho da concorrência acirrada. Mas, e você, por onde tem navegado?
Antes de me tornar empresário, durante mais de 20 anos, vendi e liderei equipes de vendas em diversos setores de mercado. Dentre tantas lições que ficaram, a maior de todas foi a seguinte: “Seja você pessoa física ou jurídica, sem desenvolver algo que somente você ou uma minoria faça, o mercado será injusto contigo”.
Assim que abri a empresa, comecei a pensar sobre como desenvolveria um produto que servisse como embarcação apta para navegar pelo mar azul. Nasceu a revisão artística, uma técnica que lapida textos, tornando-os brilhantes e aprazíveis. A inovação gerou prêmios, reconhecimento e o principal: clientes fidelíssimos e de grande porte, que sempre mantém minha agenda ocupadíssima por no mínimo um semestre.
Agora é a sua vez! Quero te ajudar a encontrar o seu mar azul, em busca de prosperidade. Você é empresário (a) ou gostaria de se tornar? Ou você prefere trabalhar como empregado (a)? Não há decisão melhor ou pior, são apenas cenários diferentes. Quando você decidir, siga estas6 dicas que ajudarão a alavancar sua carreira, através da mais poderosa e menos utilizada ferramenta: a capacidade humana de arquitetar o ineditismo:
1. Crie um produto, serviço que ninguém ou poucos tenham – a maioria dirá que tudo já existe e nada pode ser inventado. Duvide, provoque, apresente e inove; passe por tolo (a) se for preciso, mas lembre-se: medo e criação são características antagônicas, então tenha coragem para desbravar. Além disso, uma postura inédita também é bem-vinda. Posicione-se como poucos têm facilidade de fazer, conciliando eficiência e altruísmo;
2. Deixe o mercado em crise – todos podem falar, pensar e temer as inúmeras crises que virão, exceto os criadores. Quem inventa algo ganha antes, durante e depois da crise. Quem vive de reclamação, ainda que o mercado esteja promissor, apenas sobrevive;
3. Fortaleça sua imagem – almejar o que é inacessível para a maioria sem agir como faz a minoria é o mesmo que desejar o amor cultivando apenas ódio. Se quer aquilo que supostamente é impossível, a sua imagem deve fazer jus ao que deseja. Exemplo: deseja ser um político de sucesso? Crie uma imagem honesta e viva, de fato, como pessoa justa, pois imagem falsa é como produto falso: dura pouco e as pessoas só acreditam uma vez;
4. Crie um mercado para você – se o seu produto ou ideia ainda não existem, encontre uma maneira de gerar demanda. Todo objeto de criação que existe é capaz de ser objeto de desejo para alguém. O segredo é encontrar quem deseja e vender o que você criou com excelência, honestidade, preço justo para você e para os compradores;
5. Não economize conhecimento – este é o segredo maior. Quando encontrar aquilo que você considera “sucesso”, divida o conhecimento com outras pessoas que ainda estão no mar vermelho. Não tema a concorrência; ao contrário: vá ao seu encontro. Quando você gera concorrência para aquilo que criou, o poder de barganha é seu. Quando a concorrência vem até você contra sua vontade, a agressividade e o desejo de seu concorrente serão talvez maiores que a sua resiliência, afinal desejar ardentemente é mais poderoso que suportar corajosamente;
6. Decida – siga estas dicas e encontre o seu mar azul ou desenvolva um método próprio para encontrá-lo. Não se permita, entretanto, disputar o único peixe pescado com centenas de gaivotas.
Como na obra de Richard Bach,Fernão Capelo Gaivota, inspire-se no protagonista: “Voe mais alto. Lá de cima, você terá a linda vista do mar azul que tanto mereceu…”.
Edilson Menezes é treinador comportamental e consultor literário. Atua nas áreas de vendas, motivação, liderança e coesão de equipes.

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