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A inquietação dos líderes

Autora: Neusa Miguel
Muitos estilos, profissionais e resultados diferentes. Porém algo é comum a todos eles: o sentimento que vivenciam na função de gerir. E esta verdade se aplica inclusive a executivos experientes, com excelente formação acadêmica e com carreira consolidada, seja como gestor do próprio negócio ou como profissional contratado.
Mesmo diante da grande variedade de estilos de liderança, é requerido que tomem decisões críticas que afetam drasticamente a corporação.
Ter poder para decidir é uma oportunidade de fazer a diferença, de fazer algo importante que agregue valor ao negócio e à sociedade como um todo. Porém é também um desafio ter que lidar com a pressão por acertar, muitas vezes, não estando completamente seguro do melhor caminho a seguir. E, neste momento, inquietação é inevitável. Faz com que o líder conviva com este sentimento como um companheiro permanente, que lhe traz muitos questionamentos e quase nenhuma resposta.
Ora, com quem o executivo conta para lidar com as difíceis decisões, com as crises, com as diferenças de visão entre ele e os outros gestores do negócio, diferenças de posicionamento entre os sócios, o desafio em formar uma equipe eficaz, com as incertezas do cenário econômico, dentre tantas outras demandas diárias que vivencia?
Ele não pode justificar seus erros alegando “problemas pessoais” ou adiando a decisão por muito tempo. Ele precisa decidir, de preferência rapidamente. O mercado urge e as oportunidades não podem ser desperdiçadas. Por mais que tenha uma equipe envolvida, formada por profissionais competentes e comprometida com o sucesso do negócio, sabe também que esta equipe espera uma resposta dele, espera sua “sábia decisão”, espera que “dê conta do recado”, que conduza a todos para que os desejos coletivos e individuais se satisfaçam.
Ele é o espelho, o exemplo. Diante deste cenário, acredito que lidar com essa realidade pode ser muito mais proveitoso do que a princípio parece ser.
Difícil acreditar?
Avaliemos: quando não sabemos o que realmente devemos dizer ou fazer, temos uma excelente oportunidade para observar, ouvir, refletir e daí sim encontrar as melhores respostas que precisamos para continuar com a segurança de estar no caminho certo, em busca das melhores soluções.
Somos obrigados a nos avaliar, mesmo que com isso possamos nos sentir expostos ao julgamento alheio. Isso porque, colocando-nos na posição de que não sabemos tudo, de que não temos todas as respostas, de que realmente precisamos da equipe, passamos a ser mais fortes aos olhos dos outros, pois com isso estimulamos o sentimento de autoestima nas pessoas, mostraremos a elas o quanto são importantes, fazendo com que também a admiração pelo outro cresça e as relações se fortaleçam.
Conhecer-se é algo que nos impulsiona para a melhoria contínua.
Neusa Miguel é presidente da Dom Brasil Diagnósticos.

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