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A lei do perde-perde



Autor: José Teofilo Neto

 

Pois bem, estamos há algumas semanas sob fogo cruzado com notícias que anunciam o fim dos tempos. Meu guru espiritual sempre me recomenda cautela em momentos difíceis, pois a tendência é exagerar na importância de fatos que normalmente aconteceriam e que não teriam nenhuma importância, caso não estivesse com meus sensores sintonizados na crise, esperando o pior. O contrário também acontece quando se está feliz.

 

Tenho sido consultado por funcionários sobre ações que empresários e gestores estão tomando, visando proteger suas empresas da grande catástrofe e algumas me incomodam, pois ao tentarem acertar o monstro, com ações sobre aquilo que consideram gastos, na verdade acertam em alvo muito mais perigoso: o desgaste.

 

Nossa última grande crise foi na época da eleição do Presidente Lula, quando o dólar passou dos R$ 4,00. Felizmente nos recuperamos e nos 3 últimos anos avançamos nas ações referentes ao relacionamento interno (endomarketing) e externo (CRM). No discurso, os funcionários passaram a ser o capital mais importante das empresas e os clientes a razão de tudo.

 

Agora vem a perplexidade: será que tudo aquilo era uma farsa?

 

Está certo que a oscilação do humor dos players financeiros respingará em todas as atividades. Ficarão encharcados os que não fizerem nada, que ficarem inertes, esperando o pior; porém, quanto vai custar esta mudança repentina de discurso? Certamente cairão nas armadilhas do processo “perde-perde” e todo o esforço destes últimos anos, vão para o ralo.

 

E se optarmos por outra máxima do mercado?

 

“Quem reage antes, escolhe onde estão as melhores saídas, aprende jogar o novo jogo, define suas regras e quando todos despertarem,  estará senhor da situação”.

 

Nada de irresponsabilidades, voar no escuro, mas cá entre nós, esta é sua oportunidade de manter os bônus prometidos; aquele programa de promoções internas valorizando seus melhores funcionários; a festa de confraternização do Natal; aquela campanha para os desvalidos de melhor sorte que estão em asilos e creches; aquele treinamento para deixar sua equipe melhor, imbatível; aquelas ações junto aos clientes para conquistar sua confiança e fidelização; aquela campanha de recuperação de clientes inativos.

 

Victor Hugo escreveu: “O futuro tem muitos nomes: para o fraco, é o inalcançável; para o medroso, o desconhecido; para o valente, a oportunidade”.

 

Ouça seus funcionários e clientes, pois eles lhe darão grandes dicas. E, por favor, nada de cortar o cafezinho, a bolachinha, ou suspender as férias, cancelar conquistas tão gratas, colocando tudo a perder. Isto também vai passar. E até a próxima crise.

 

José Teofilo Neto é empresário e educador corporativo. ([email protected])

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