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A telefonia dos novos tempos

Autor: Luis Eduardo Sirera
A tecnologia está na ponta dos dedos; estamos acessíveis praticamente de qualquer lugar, a qualquer hora. Eu sei que esta afirmação vem sendo dita à exaustão, mas é essencial ter esta mudança de comportamento em mente para entender como as tendências de comunicação afetarão as empresas, especialmente, as de porte pequeno e médio.
Vocês já pararam para pensar o quanto esta questão da mobilidade está intrínseca no nosso dia a dia? Carregamos nossos aparelhos celulares, que são verdadeiros computadores, para todos os lugares aonde vamos. Estar conectado faz parte do nosso cotidiano e, cada vez mais, buscamos respostas imediatas. Se vivemos este imediatismo na vida pessoal, o que dirá no trabalho, quando muitas vezes esperamos retornos urgentes.
No entanto, nas pequenas e médias empresas, encontramos até hoje uma presença forte do PABX. Ninguém questiona o PABX pelo fato dele existir. Ele funcionou até hoje de maneira adequada e satisfatória, não é mesmo? Porém, agora ele chega à obsolescência, justamente devido à nossa mudança de comportamento. Afinal de contas, ao ligar para uma empresa e não encontrar a pessoa desejada no telefone fixo, ou seja, em sua mesa, possivelmente vai querer saber o status dela. Estaria fora do escritório, em reunião, ocupada? Vemos neste simples exemplo como o PABX vai deixando de ser uma ferramenta adequada aos novos tempos.
Para ocupar seu lugar, surgem instrumentos alinhados às novas demandas; e que possibilitam ao time trabalhar de forma mais produtiva, como as aplicações de comunicação unificada e colaboração em tempo real. Mais acessíveis, estas soluções ganham força entre as pequenas e médias empresas, que começam a perceber que as novas ferramentas não são apenas para as grandes companhias e que tampouco carecem de um alto investimento. Pelo contrário, hoje, escritórios com 20 funcionários têm acesso à solução com algoritmo similar ao de empresas com mil pessoas.
Ao adotar soluções mais modernas – com telefonia, mensagem, conferência, contact center, vídeo e comunicações unificadas, tudo em uma só plataforma -, as PMEs conseguem engajar seus colaboradores e dar ferramentas para que eles trabalhem independentemente do lugar onde estejam. Além disto, as empresas podem optar se querem ter a solução baseada na nuvem, como serviço ou on-premise.
Migrar do PABX para novas soluções de comunicação tem o apelo da digitalização, somado à incorporação de recursos para elevar a produtividade. No entanto, no Brasil temos desafios a vencer. Aqui, o mercado de PME ainda está voltado à cultura do PABX. Para fazer a mudança, as empresas precisam passar por uma transformação interna que vai prepará-las para sair da voz e migrar para colaboração.
Normalmente, o que faz as empresas começarem a pensar na substituição do PABX é tanto a necessidade por redução de custos de manutenção do equipamento antigo como uma vontade de fazer um refresh de tecnologia. Há também empresas mais antenadas que estão vivendo a cultura da transformação digital e buscam uma linha de produtos aderente aos novos tempos e baseada em software.
Independentemente do estágio das PMEs, o mercado de soluções de comunicação tende para a tríade software, nuvem e pagamento como serviço. Não chegamos mais à casa do cliente com caixas de hardware para ser instalado, como antigamente com os PABXs. Agora, com as soluções baseadas em nuvem e em software, basta um ponto de rede para entregar ferramentas completas de colaboração à empresa. É difícil precisar quanto tempo vai demorar para que todas as empresas – ou a grande parte delas – migrem, mas, certamente, este é um caminho irreversível.
Entre os benefícios, o mais evidente é a redução de OPEX, famoso no mundo corporativo para se referir ao capital utilizado para manter ou melhorar os bens físicos de uma empresa. Além disto, a contratação por meio de modelos diferentes prima por ter sempre a tecnologia atualizada – em vez de ter um custo agressivo seja com migração de tecnologia seja com a obsolescência do equipamento. Outro ponto é que a digitalização proporcionada está alinhada ao comportamento moderno e às novas formas de produtividade.
Com relação à expectativa de migração, até pelo parque instalado de PABX, existe uma grande demanda reprimida. Muitas PMEs, que seguraram investimentos devido à crise econômica brasileira, voltam a avaliar a mudança. Acredito que nos próximos anos, principalmente entre 2019 e 2020, veremos muito legado ser substituído por soluções aderentes à experiência digital dos usuários, com toda segurança que o tráfego de informações nos dias atuais exige.
Luis Eduardo Sirera é diretor de vendas da Avaya Brasil.

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