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Aprendizagem total para o indivíduo da nova economia

Presidente da Focus Desenvolvimento Empresarial e Chairman da Web Comércio Eletrônico, César Souza participou da segunda palestra magna do CONARH 2000, realizada nesta quarta-feira (9/8) sob o título “E-Indivíduo: O que tem para mim?”.

Logo de início, César esclareceu que não estava ali para especular sobre o que poderá acontecer, mas sim para tratar do que podemos fazer para influenciar o nosso futuro. E, recusando-se a aceitar o título dado àquela apresentação, ele disse à platéia que iria falar sobre “T-Indivíduo: O que posso criar para mim?”, sendo que o “T” se refere ao “indivíduo total”.

“Não podemos aceitar o E-Indivíduo (eletrônico) mas sim o Indivíduo Total, o T-Indivíduo”, afirmou, defendendo que necessitamos nos livrar da herança deixada pela era industrial, que separou o pensar do fazer, o planejamento da ação, o racional do emocional, o pessoal do profissional, o cliente das pessoas e o e-letrônico do T-otal. E ofereceu alguns pontos cruciais para a reflexão em torno desse T-Indivíduo.

Ao contrário do que muita gente vem dizendo, no seu entender existe uma forte convergência entre a velha economia e a nova, já que “elas são complementares”. “As empresas vencedoras serão aquelas que souberem gerenciar essas convergências”, esclareceu, definindo as organizações ultrapassadas como www.joio, em contraposição às trigo.com, as novas companhias.

Fugindo do lugar comum, César adiantou que a nova economia não é sinônimo de Internet, que, na sua avaliação, representa apenas de 15% a 20% dessa tão falada economia: “Agora vale o que eu quero experimentar que ainda não experimentei. É a simultaneidade de circunstâncias como essa que caracterizam essa convergência da nova economia.”

Portanto, vale muito mais o T-learning, o aprendizado total, do que o E-learning. E ele ilustrou isso projetando a imagem de uma pessoa, nas montanhas do Peru, utilizando seu laptop com um captador de energia solar, perfeitamente linkado e distante das comodidades de uma metrópole. E ressaltou o paradoxo: “ao mesmo tempo em que nunca tivemos acesso a tanta informação, também nos sentimos mais inseguros que nunca, sobre nossas carreiras, nossos filhos.”

Na sua visão, o conhecimento já “virou commodity perecível”. Assim, esse T-Indivíduo deve ter sempre em mente que competência é agregar valor, que a carreira deve ser pensada como um negócio – “pare de pensar como assalariado e aja como dono do negócio”, convocou César Souza, sugerindo aos presentes ter a disposição de criar suas próprias crises na carreira para poder gerar oportunidades de crescimento.

Ter paixão no que se faz continua sendo uma chave essencial para o sucesso. Do contrário, vai-se fazer apenas o que se gosta e disperdiçar 1/3 da vida a cada dia. “A imaginação humana é a matéria-prima da nova economia”, garantiu ele, reforçando a necessidade de ser criativo e de sonhar: “O grande sucesso será proporcionar à capacidade de sonhar e realizar os sonhos dos clientes, que cada vez mais comprarão sonhos e não produtos.”

No futuro, ser genial será uma forma de criar condições para que a genialidade dos outros apareça no trabalho, na família, na sociedade. E, aproveitando o recente anúncio da decifração do genôma humano, César Souza expressou mais uma de suas idéias instigantes:

“Necessitamos decodificar o código genético de cada empresa, que ficará resumido em três letras – PCR: Pessoas, Clientes e Resultados. O grande desafio será conciliar intuição e inteligência, pensamento e emoção, tecnologia e pessoas”, concluiu o palestrante.

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