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As rfps não serão mais as mesmas, depois do medo do apagão

Os impactos da economia têm muito mais a ver com problemas externos que internos. A crise energética só vai criar problemas se as medidas não atingirem seus objetivos e as empresas tiverem que cortar mais, avalia o principal executivo da divisão de callcenter da Compugraf, João Augusto Klein. Apesar de observar retração nos negócios no primeiro semestre, Klein diz não acreditar, de imediato, em retração na economia em razão da ameaça do apagão. Por enquanto a indústria está conseguindo cumprir as cotas com a eliminação de desperdício de economia elétrica, pondera.

O executivo aposta que, com a otimização do uso da eletricidade, a indústria como um todo está conseguindo cumprir as metas estabelecidas pelo governo, afastando o perigo do apagão. Hoje o mercado melhorou, o susto já passou. Acabou o temor de que a economia sofreria redução de 20%, salienta. Mas Klein mostra-se cauteloso ao falar sobre o segundo semestre.

Para ele, se a crise energética se aprofundar e as metas não forem cumpridas, o problema vai se agravará e afetará a economia e o mercado de callcenter em particular, como conseqüência. Vamos esperar agosto para ver os resultados, diz. Acho que estamos mais vulneráveis aos problemas econômicos externos que os internos. Klein avalia que, para o mercado, os resultados da crise energética vão ser visíveis nas futuras rfps (Request for Proposal), que devem agregar o item contingência de eletricidade.

Na opinião de Klein, a crise energética não pegou a Compugraf no contra-pé em função da empresa ser originária de um grupo especializado em fornecimento de rede. Por isso, já possui uma infra-estrutura de contingência de telefonia e elétrica. Quando decidimos entrar neste negócio já tínhamos estrutura, explica Klein.

Ele reconhece porém que, por estar em fase de ampliação da área física, com o aluguel de um andar em um outro prédio na Avenida Paulista, a Compugraf está negociando com a Eletropaulo a cota de energia para a nova área. Cota, que, herdada do ex-usuário, não atende as necessidades de uma operação de callcenter.

Apesar de não mudar o hábito da empresa, para cumprir a cota, a Compugraf adotou algumas medidas como desligar a luz e o ar condicionado em áreas dispensáveis como nas salas de treinamento. A empresa adotou alguns procedimentos como automatização de luzes, colocação de sensores de movimento para controle das luzes, interruptores individuais para salas de trabalho e ações para conscientização de funcionários, além de treinamento em sua sede para simular os blecautes e identificar eventuais falhas. Na infra-estrutura de eletricidade está reforçando com no-breaks com capacidade para 5 horas e um gerador já instalado.

Hoje, as 200 posições de atendimento em operação e outras 200, com toda infra-estrutura já montada (que devem entrar em operação até o final do ano), já estão cobertas pela infra-estrutura de contingência. Para nossa expansão contamos apenas com repasse de cabeamento para o prédio ao lado, comenta. Ele acredita que estes itens de contingência, como garantir a operação durante 4, 5 horas em caso de falta de energia, passam a fazer parte do que chama de necessidades mínimas para atender o cliente. Quem apresenta hoje este diferencial numa proposta já é visto como uma empresa boa, frisa Klein.

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