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Como construir um grande líder?

Autor: Flávio Stambouli
Vivemos hoje em um cenário onde a vida pessoal tomou espaço no ambiente de trabalho. A pessoalidade e as particularidades de cada indivíduo são o reflexo do movimento organizacional corporativo. As pessoas estão cada dia mais ansiosas, mais atarefadas, menos focadas e mais doentes.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), em 2020 a depressão será a maior causa de incapacidade no trabalho, o Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) aponta 51% da população brasileira com excesso de peso, o maior causador de DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis) junto com a inatividade física, sendo que só de 2012 para 2013, tivemos um aumento de quase 3%. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), quase 50% dos brasileiros estão endividados, um dos maiores causadores de estresse.
Conseguiremos reverter esse quadro? Qual o papel do líder organizacional frente a este paradigma? Temos, em primeiro lugar, que pensar que o líder, apesar de estar no topo da pirâmide organizacional, também faz parte deste quadro, tem sua vida pessoal e esta, com certeza, reflete na qualidade do seu trabalho e na vida das pessoas que fazem parte desta organização.
O papel do líder nos dias de hoje, mais que direcionar e inspirar as pessoas, é ser um exemplo. Um formato totalmente descritivo através das melhores maneiras de ser e atuar. O líder tem que originar uma enorme vontade nas pessoas em serem tão bons quanto ele.
Parece muito fácil quando dizemos algumas palavras fortes que caracterizam os grandes líderes e num simples estalar de dedos, as incorporamos como eternos adjetivos. Mas não é tão simples assim. O ponto principal de todo esse desenvolvimento precisa estar no autoconhecimento. Se ele não se propuser a se conhecer, não saberá quais são suas reais necessidades. Com muita disciplina, terá que organizar suas prioridades, o que realmente é importante ou não para o seu desenvolvimento.
Toda mudança é muito difícil, e terá que aplicar a si mesmo a principal ação de um líder, a tomada de decisão. Para saber por onde começar pode usar uma regra muito simples. Frente suas prioridades, classifique o que precisa para realizá-las e o que impede. Provavelmente encontrará as causas e poderá se organizar para o que precisa mudar.
Quanto mais o líder se conhecer, mais identificará seus limites e melhores serão suas relações com as pessoas. Vale aqui apresentar um estudo realizado em 2013 com 6094 líderes pela Zenger/Folkman Consultoria. Este estudo procurou verificar através de três níveis hierárquicos, se os maus líderes transformam seus subordinados em maus líderes também.
O fator mais interessante de todo o estudo foi que os maus líderes influenciam menos seus subordinados a serem maus líderes do que os bons líderes influenciam seus subordinados a serem bons lideres. Zenger e Folkman ainda refrescam, o ciclo da má liderança pode ser quebrado.
Independente da representação do líder, não tenha dúvida, ele é exemplo. Chegamos a uma era da gestão onde o desenvolvimento pessoal é de suma importância pra os líderes ou para os que querem se tornar líderes. Haverá um reflexo muito positivo em suas tomadas de decisão e nas relações com as pessoas. A entrega sempre será melhor.
O líder dessa nova era é o líder que através de seus exemplos de vida, da forma como se relaciona com as pessoas e da maneira como enxerga simples, consegue pensar em novas soluções, transformar as pessoas e direcionar a equipe sempre de maneira positiva.
Flávio Stambouli é coordenador do Núcleo Educação e Gestão do CIESP Sul, além de palestrante e consultor em desenvolvimento organizacional com foco em gestão da qualidade de vida.

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