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Contratação mal feita?

Autor: Eduardo Ferraz
Muitas vezes a alta rotatividade, especialmente de jovens profissionais, tem sido associada ao estilo de uma geração classificada, segundo alguns teóricos, como pessoas intolerantes, impacientes e ambiciosas, que não param nos empregos e ficam desmotivadas com muita facilidade, a famosa geração Y. Mas, na verdade, acho essa história de geração X e Y (e agora Z) uma simplificação exagerada, que tem sido utilizada como um álibi para explicar as dificuldades em se reter pessoas e, principalmente, o despreparo que sofrem muitas empresas, que não têm sabido escolher profissionais com perfis comportamentais adequados para cada função. A empresa contrata errado, o contratado fica infeliz (ele também não sabe o porquê), vai para outra empresa e o ciclo vicioso se repete.
Empreendedores e gestores consomem bastante tempo, recursos e energia na contratação de seus colaboradores e, mesmo assim, ficam em dúvida se estão procedendo corretamente. Seguem abaixo, alguns sinais que indicam quando você contrata as pessoas “erradas”. Vamos a eles:
– Atitudes ruins – As principais razões que levam as empresas a demitirem seus funcionários estão mais relacionadas a problemas comportamentais do que a falta de conhecimentos técnicos.  Ou seja, não adianta a pessoa ter ótimo currículo, mas apresentar atitudes negativas como dificuldade de trabalhar em equipe, indolência ou arrogância.
– Alta rotatividade – Um dos indicativos mais explícitos de contratações equivocadas é a alta rotatividade de funcionários. Se você contrata pessoas que não têm valores compatíveis com os de sua empresa, certamente, em pouco tempo, elas se sentirão desestimuladas e pedirão demissão ou serão demitidas.
– Excesso de conflitos – Se você é muito competitivo, tenderá a contratar pessoas assim. O problema é que esses profissionais tendem a gerar muitas disputas por razões banais e um clima ruim que acabará gerando descontentamento e má vontade de cooperar por parte dos funcionários mais pacatos.
– Maus resultados – Contratar pessoas apenas porque são simpáticas ou indicadas por parentes e amigos sem checar se elas realmente têm qualificação para exercer o cargo com competência costuma gerar resultados ruins. Tome muito cuidado para não contratar alguém “bonzinho”, mas incompetente.
Uma entrevista mais profunda, além da checagem detalhada do histórico do profissional, detectará atitudes negativas ou falta de afinidade do candidato com o estilo de sua empresa.  A personalidade de um adulto é relativamente estável e, portanto, previsível. Ou seja, os pontos fortes e fracos de qualquer pessoa estão ao alcance de qualquer bom analista. Invista tempo na seleção e você alcançará resultados muito melhores na contratação de seus futuros colaboradores.
Eduardo Ferraz é consultor em gestão de pessoas e especialista em treinamentos usando como base a neurociência comportamental.

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