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Crise detona satisfação dos profissionais

Os efeitos da crise econômica no ambiente corporativo que vão desde o medo do desemprego, corte nos bônus e políticas de benefícios, entre outros fatores, tem impactado negativamente no nível de satisfação dos funcionários das empresas brasileiras em relação a oportunidades de crescimento na carreira, cultura corporativa, além de salários e benefícios. A informação consta da primeira edição do Índice Love Mondays de Satisfação do Profissional Brasileiro, que trimestralmente avaliará a percepção dos profissionais em relação ao seu trabalho.
Foram avaliadas as opiniões de 36 mil profissionais, comparando as percepções entre o terceiro trimestre de 2015 frente ao mesmo período de 2014, em uma escala de satisfação crescente, que vai de 1 a 5. O índice é desenvolvido a partir da consolidação das postagens espontâneas de milhares de profissionais sobre a sua vida profissional no Love Mondays, comunidade de carreiras.
Oportunidades de Carreira
A ausência de expectativas de melhora no cenário econômico brasileiro, afetado por uma grave crise política, tem minado as esperanças dos profissionais brasileiros empregados em conquistar promoções na carreira. “O clima de incerteza que rege a economia congela políticas de promoção nas empresas, o que reflete diretamente neste indicador”, explica Luciana Caletti, CEO da Love Mondays. Este foi o indicador em que foi registrada maior queda na satisfação dos profissionais no último trimestre em relação ao terceiro trimestre do ano passado, uma queda de 6,6%.
Cultura da empresa
A satisfação com a cultura empresarial foi o segundo fator em que a satisfação dos profissionais mais decaiu no último trimestre em relação ao mesmo período no ano passado, com uma queda de 3,8%. “O clima geral de insegurança acaba afetado a percepção do profissional com relação à cultura da empresa onde trabalha. Ainda, devido ao fato de que muitas companhias estão reduzindo suas equipes para cortar custos, os profissionais que permanecem na empresa podem acabar ficando sobrecarregados”, afirma Caletti.
Remuneração e Benefícios
O nível de satisfação em relação a salários e benefícios apresentou queda de 2,4% na comparação entre terceiro trimestre de 2015 e terceiro trimestre de 2014. Para Caletti, o indicador não apenas retrata corte nos bônus e benefícios, mas também a diminuição do poder de compra por conta da inflação em alta no país. “Desde o início do ano as perspectivas sobre cenário indicavam que não teríamos um ano fácil. Mas a medida em que a inflação foi avançando e efetivamente afetando o poder de compra, a satisfação passa a ser crescente”, analisa.
Qualidade de vida se mantém estável
A satisfação dos profissionais em relação à qualidade de vida se manteve estável no período analisado pela pesquisa. A evolução de apenas 0,2%, na visão da CEO da Love Mondays, demonstra que os profissionais ainda não sentiram mudanças neste campo, apesar de um ambiente de maior pressão nas empresas na busca por resultados. “Isso, se mantermos uma tendência positiva nos próximos meses, deverá indicar que o profissional brasileiro goza de maturidade para lidar com crises como a que estamos vivendo, talvez pelo fato de termos superado muitas delas no passado”, pondera Caletti.
Satisfeito com o que tem
Apesar destes indicadores negativos apontados no levantamento, o nível de satisfação dos funcionários das empresas brasileiras apresentou uma variação positiva de 2,3% na comparação entre o terceiro trimestre de 2015 frente ao mesmo período de 2014. Para Luciana Caletti, CEO da Love Mondays, a satisfação geral apresentar uma evolução positiva não significa que as pessoas estejam de fato satisfeitas com as condições do seu trabalho.  “Quem está atualmente empregado tende a valorizar mais o seu trabalho por conta do desemprego que cada vez mais atinge fatias maiores da sociedade, nos mais variados setores e níveis hierárquicos.

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