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Distante das expectativas

O sonho de trabalhar em uma empresa estruturada e cheia de oportunidades encanta o jovem. Muitas vezes, na hora em que escolhe o curso que dedicará anos da sua vida, ele já se vê trabalhando “naquela empresa” ou exercendo “aquela função” especial. Mas a barreira imposta pelo processo seletivo é o que mais tem destruído seus planos, como eles mesmos apontam em pesquisa nacional realizada pela Trabalhando.com e Universia Brasil com 1.816 universitários em todo país.
As decepções foram as mais comentadas durante a pesquisa: “Dinâmicas de grupo mal feitas ou consultorias que te chamam sem você ter os pré-requisitos”, reclamou um dos entrevistados. “Muitas etapas. Elas são extremamente desgastantes e não chegam a dar parâmetro em absolutamente nada sobre o que você vai executar ou a área que você está pretendendo”, justifica outro. “A falta de transparência da empresa em relação às atitudes tomadas durante o processo seletivo e ainda a falta de organização poderia me desencorajar a optar por tal empresa se tiver outras oportunidades em vista”, desabafa um terceiro.
Os três entrevistados acima representam a maioria. “Com tudo que ouvimos foi fácil perceber que o jovem mudou, as instituições de ensino estão lutando para acompanhá-los, algumas estão conseguindo, porém, a maioria das empresas está trabalhando com a geração Z, como trabalhava com a Y e esse choque traz decepção para as duas pontas. Jovens e empresas não conseguem se entender: os processos seletivos ainda são iguais, porém o público é diferente e bem mais exigente”, explica Caio Infante, diretor-geral da Trabalhando.com.
O jovem de hoje quer ver e ser visto. Nos últimos anos, até pelo boom da tecnologia, os processos naturalmente migraram para o mundo virtual e ficaram amarrados a testes, avaliações escritas, e diálogos por e-mail, antes de chegar ao presencial. “Incrível perceber que o ´novo candidato´, por exemplo, prefere o contato pessoal, as conversas presenciais do que os processos on-line. O jovem Z precisa do olho no olho, necessita ser ouvido, e isso está distante do que a maioria das empresas tem feito com o passar do tempo”, finaliza.
Principais números
– 58% estudam em instituições privadas e 42% em públicas;
– 36% estudam na área de humanas e 17% exatas;
– 87% dos entrevistados sabem o que é um programa de estágio ou trainee;
– 76% deles já participaram de um programa de estágio;
– 17% tomaram conhecimento do programa por meio da instituição de ensino;
– 62% buscaram a oportunidade por sua própria conta;
– 70% preferem que as etapas do processo sejam apenas presenciais;
– 41% escolhem participar de um processo pela promessa de aprendizado;
– 32% valorizam remuneração e benefícios;
– 56% abririam mão da remuneração pela aprendizagem.

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