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E-learning sem mitos



Após uma fase de modismos, o e-learning se consolida como alavanca para o desenvolvimento do capital humano. Porém, ainda restam muitos mitos que rondam o sistema de ensino e treinamento a distância. O diretor de tecnologia da Digital SK, Romain Mallard, comenta 10 abaixo deles:

 

1. Para aprender é preciso assistir às explicações do professor. Por isso o ensino baseado na web não é eficaz.

O futuro do aluno depende menos de quem sabe sobre um determinado assunto e mais de como e o que esse aluno vai fazer para aprender. E o e-learning considera a individualidade do desenvolvimento intelectual, procurando um equilíbrio entre ensinar e respeitar o ritmo de cada um. Além disso, traz para o aluno uma responsabilidade sobre seu desenvolvimento, colocando-o como principal ator do seu aprendizado. De ouvinte, ele passa a participante e, assim, muitas vezes o ensino por meio da tecnologia se torna mais eficiente que o tradicional.

 

2. É impossível prender a atenção do aluno em um ambiente virtual de aprendizagem.

Por meio da escolha de sistemas apropriados e da aplicação de uma didática adequada, é possível criar um ambiente totalmente interativo, no qual o aluno é incentivado a avançar a cada etapa. Plataformas virtuais de ensino devem ser capazes de integrar o imenso leque de ferramentas interativas disponíveis hoje em dia, que possam contribuir para despertar e manter a atenção do aluno, como webtvs. Outra possibilidade é a utilização de monitoria, que acompanhe e incentive o aluno em seu treinamento.

 

3. Conteúdos auto-instrutivos contribuem muito pouco para a aprendizagem.

Pelo contrário, ao dar autonomia e recursos ao aluno, o mesmo assume uma postura completamente diferente em relação aos objetivos de aprendizagem.

 

4. A Internet é uma ferramenta inacessível à maioria da população.

A internet ainda é uma ferramenta de acesso restrito à grande parcela da população brasileira, assim como o próprio sistema de ensino. Porém, isso não impede a difusão do e-learning. Primeiro, porque de acordo com os dados de pesquisa realizada pelo Ibope, hoje já são mais de 67 milhões de brasileiros com acesso à Internet, a partir de ambientes diversos como residência, trabalho, escolas e lan houses. Segundo, porque, em se tratando de treinamento corporativo, é comum as empresas oferecerem o ambiente com acesso aos colaboradores. O mesmo acontece na área acadêmica, para complemento de cursos de graduação e pós-graduação.

 

5. Não há como medir os resultados, nem monitorar o treinamento.

Exatamente o oposto. O uso do e-learning facilita o acompanhamento e a medição dos resultados, de forma mais refinada e ágil do que em treinamentos presenciais. Para tanto, a escolha correta do LMS (Learning Management System) é decisiva. Plataformas virtuais como o Moodle permitem não apenas que os alunos realizem os cursos, mas também que os tutores e responsáveis possam gerenciar aspectos logísticos e didáticos dos treinamentos, realizando um acompanhamento individual ou por turmas.

 

6. Requer uma infra-estrutura própria e muito cara.

A grande maioria das empresas que optam por utilizar e-learning já possuem uma estrutura adequada, necessitando apenas realizar pequenos ajustes. Além disso, é muito importante ressaltar que o e-learning pode e deve ser desenvolvido de acordo com a infra-estrutura disponível, adequando-se à realidade do usuário em termos de hardware e conexão.

 

7. O ensino a distância é muito impessoal e não considera as características individuais que podem ser “percebidas” pelo professor em uma sala de aula tradicional.

Com o avanço da tecnologia e a grande variedade de serviços web disponíveis, é cada vez mais fácil oferecer recursos que atendam às restrições e afinidades de cada usuário. Já a flexibilidade oferecida pelo e-learning desempenha um papel fundamental na questão da personalização, uma vez que o usuário escolhe o melhor momento para realizar o treinamento, com a duração que julgar necessária. O e-learning traz ainda uma dimensão social on-line, por meio de chats e fóruns que promovem o contato entre seus usuários, assim como por intermédio do acompanhamento de monitores durante o processo de aprendizagem.

 

8. Apenas adolescentes ficam tanto tempo na web.

Um profissional com aproximadamente 30 anos, provavelmente descobriu a Internet ainda na faculdade. E hoje, passa, em casa, um tempo maior no computador do que na frente da TV. Isso quer dizer que é um público apto a receber um treinamento on-line. E cabe às empresas oferecer um ambiente de trabalho motivador, criando experiências que necessariamente precisam passar pelo on-line, uma vez que os colaboradores estão acostumados a esse universo fora do trabalho.

 

9. Produzir conteúdo para e-learning demanda investimentos superiores.

Quando o e-learning começou a ser mais amplamente utilizado, não havia por parte das empresas contratantes e tampouco dos fornecedores uma preocupação em adaptar o conteúdo para um novo estilo de aprendizagem, apenas transferindo o conteúdo impresso para a tela do computador. Obviamente, os resultados não eram satisfatórios e o investimento acabava realmente com uma relação custo X benefício menos interessante que nos treinamentos presenciais. A segunda e mais importante razão continua a ser realidade em algumas instituições ainda hoje: a produção de conteúdos difíceis de serem atualizados e que somente se aplicam a um tipo de mídia. Isso faz com que a cada mudança ou atualização no conteúdo, seja necessário praticamente refazê-lo, gerando um novo custo. Ou que para aplicação em mídias diferentes (como gravação em webcd ou acesso via celular, por exemplo), o cliente seja obrigado a contratar um novo serviço para refazer o mesmo curso, em outra versão. Mas isso não é mais realidade para fornecedores que trabalham com o conceito de acervo de conteúdos multimídia. Por meio de plataformas de produção de conteúdo como o Scenari, é possível criar acervos digitais que permitem até ao próprio cliente realizar as atualizações.

 

10. O e-learning pode substituir o presencial?

O e-learning e o ensino presencial são complementares. Ocorre que, cada vez mais, o e-learning tende a substituir o presencial quando o deslocamento dos participantes ou dos instrutores não é viável e o assunto permite ser discutido a distância. Para estes casos, sim, o e-learning está assumindo o lugar do ensino em sala de aula. Porém, nem todos os temas permitem ser 100% tratados a distância.

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