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Endomarketing: de dentro para fora

Autor: Gustavo Loureiro
Acredito que o momento é muito propício para se falar em endomarketing, ou simplesmente sobre o sangue que corre nas veias de uma empresa, marca ou instituição: as pessoas. Está cada vez mais evidente que o processo de comunicação que vem sendo aplicado ao mercado e ensinado nas universidades está inverso e muito superficial.
Recentemente li uma reportagem sobre Branding nas empresas, a qual defendia a idéia de que o branding não pode se limitar apenas ao design de uma logomarca e sua extensão de identidade.  A marca não funciona como um tapume que cerca a fachada das empresas e sim um espelho que reflete aquilo que foi plantado internamente, de dentro para fora.
Hoje, com as mudanças dos meios e veículos e todo esse “imediatismo”, só fez aumentar a ânsia por resultados, estes, porém, de curto prazo, e toda essa pressa fez com que uma etapa fundamental no processo fosse deixada de lado, o endomarketing.
Zelar pelas pessoas que trabalham em uma empresa não é preciosismo. É tão importante para obter resultados quanto as ações super criativas para vender o produto ou serviço. É um princípio básico na administração de qualquer negócio. Quem nunca ouviu falar que antes de vender um produto para clientes, as empresas precisam convencer os funcionários a comprá-lo?
Algumas dicas para melhores práticas no trabalho de endomarketing:
1 – Descentralize: não imponha as coisas, debata, converse e determine regras e prazos em conjunto.
2 – Não faça promessas vazias: jogue sempre limpo e seja transparente com a equipe, dê feedback mesmo que negativo. Além de manter o contato e gerar endomarketing, é também questão de respeito.
3 – Venda ideias, aponte um caminho: posicionar a equipe sobre os acontecimentos dentro da empresa é legal, mas fazer com que eles comprem uma ideia é sucesso na certa.
4 – Zele pelo ambiente: a equipe é composta por pessoas de verdade, por isso não pense que vai vender um paraíso e pedir que trabalhem no inferno, isso gera desconforto e não traz credibilidade. Falem bem ou falem mal a equipe sempre fala da empresa, mas é melhor que falem coisas boas.
5 – Tenha um time: se você fala para os funcionários que: “somos todos um time” então faça isso valer, não adianta fazer trabalhos com uma parte da equipe e nem se quer posicionar a outra parte sobre o que está acontecendo. As pessoas veem o que está acontecendo mesmo que não sejam comunicadas daquilo.
6 – Estimule: gerar ações internas é tão ou mais importante do que gerar ações para clientes, antes de atraí-los, é preciso deve estar preparado para recebê-los.
7 – Se faça claro em problemas e crises: muitas cabeças pensam melhor que uma. Dividindo os problemas, fica mais fácil encontrar uma solução. Às vezes as pessoas estão mais próximas, ou vendo as situações de fora, o que pode ser fundamental para ideias e soluções.
8 – Preocupe-se com o bom fluxo da informação. Não adianta a empresa ser cheia de filosofias, ideias e valores se estes não tiveram o destino e a aplicação correta. Organize-se. Garanta o bom fluxo da informação que você e a empresa estão transmitindo.
9 – Valorize o trabalho dos colaboradores: Chamar a atenção é muito mais fácil do que elogiar. Não pense que elogiar o trabalho da equipe possa desmerecer o seu. Ao contrário, equipe que tem bom resultado, é também sinônimo de boa liderança, lembre-se disso.
                                                                            
10 – Não seja e não transmita negativismo em ações que empresa precisa comunicar ou tomar. Separe a vida pessoal, as relações das decisões e momentos da empresa. Organize-se para cumprir suas obrigações e atender as expectativas que lhes são dadas.
Gustavo Loureiro é publicitário e comunicólogo e sócio-diretor da House Comunicação.

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