Liderança se aprende na vida?

Desenvolver lideranças continua sendo uma grande preocupação das empresas. É isso que apontou a pesquisa “O Retrato do Treinamento no Brasil”, organizada pela MOT e realizada pela ABTD. Segundo o levantamento, para cada quatro entre cinco empresas pesquisadas, esse tema é prioritário em 2014, mostrando uma tendência que se consolida nos últimos anos.
“Isto se mantém porque não existe no mercado um curso específico de liderança. Existem cursos de administração, engenharia, contabilidade e muitos outros, mas nenhum inclui no currículo disciplinas ligadas à liderança, um assunto tão importante no cotidiano profissional”, pondera Alfredo Castro, sócio-diretor da MOT, especialista em desenvolvimento de pessoas. “Liderança ainda é uma matéria que se aprende na vida, não na faculdade”, lamenta.
As empresas querem treinar lideranças em eventos, preferencialmente, presenciais. Segundo Castro, isso acontece porque, com a proliferação das novas tecnologias, há um estímulo do trabalho individual, realizado remotamente. “As pessoas trabalham mais sozinhas e, quando se reúnem, não sabem como liderar uma equipe”, avalia.
Na opinião dele, o ponto central a ser abordado nesses treinamentos é como a nova geração Y tem liderado pessoas de gerações anteriores que convivem no mesmo ambiente de trabalho. “Os parâmetros e as crenças são diferentes e é preciso aprender a lidar com essa diferença”, diz. De acordo com o especialista, as características mais importantes de um líder são a visão de curto e longo prazo; a capacidade de não ser precipitado ao tomar decisões; manter o interesse das pessoas na empresa em que trabalham e dominar as mídias existentes.

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