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Menos riscos



Autora: Geuma Campos Nascimento

 

O outsourcing é um processo que continua em franco crescimento no País. Desde que foi regulamentada a prática no Brasil, na década de 70, o segmento foi ocupando espaço importante na economia nacional. Entre 1985 e 1995, os serviços de outsourcing expandiram-se bastante, principalmente nas regiões metropolitanas, fruto de seguidas ondas pelo mundo de mudanças organizacionais profundas, como a reengenharia. A partir daí, seu desenvolvimento passou a acompanhar o índice positivo registrado na área em outros países desenvolvidos ou em desenvolvimento.

 

Paralelamente ao avanço do outsourcing, os riscos de transferência a terceiros de atividades que não fazem parte do trabalho principal da organização ou empresa diminuiu. Isso foi extremamente positivo para o segmento e resultou em um amadurecimento da prática como jamais visto.

 

Havia uma idéia de aplicar o outsourcing no departamento ou área da empresa que tivesse algum problema quase insolúvel. Com o tempo, a questão maior passou a ser a necessidade de racionalização de processos, sem a posição única de transferir uma falha interna para terceiros – e, posteriormente, cobrá-los resultados.

 

O fato é que, hoje, a dinâmica da economia, a alta competitividade e a necessidade de especialização têm impulsionado como nunca as organizações na direção do uso desse tipo de prestação de serviço. Ela se tornou uma saída para otimizar custos e dar eficiência às empresas para o objetivo final de ampliação de mercado.

 

E, ao contrário do que se pensa, o outsourcing está gerando emprego por conta da eficiência. O modelo tem sido usado para expansão das instituições e não para substituição de sua mão-de-obra. A prática virou uma parceira para as organizações conquistarem novos mercados, e não simplesmente ocuparem espaço e executarem serviços, sem estratégia e foco nos negócios do contratante, em atividades-meios da empresa. Inclusive, para isso, planejamento e colaboração entre os envolvidos é fundamental nessa missão.

 

A realidade é que o outsourcing é visto hoje como uma prática que agrega inteligência à organização. Uma atividade que integra flexibilidade, conceitos atuais de gestão, com respeito à cultura da empresa contratante, reduzindo riscos e racionalizando custos. Nada se parece com o passado rançoso e sem envolvimento do contratado, o que acabava gerando desconfiança e falta de compromisso entre ambas as partes.

 

Muitas instituições de diversos ramos têm recorrido às empresas de outsourcing para ampliar a oferta e o desenvolvimento de serviços e produtos. Elas já descobriram a importância de ter um parceiro para garantir a ampliação de seu portfólio e, assim, oferecer opções aos seus exigentes clientes, sempre com demandas inesperadas, perenes e, muitas vezes, difíceis.

 

Na implementação de soluções de outsourcing, a análise da cultura organizacional, entendimento do processo, o diagnóstico adequado e o acompanhamento periódico são itens fundamentais. Principalmente nas áreas administrativas e financeiras, nos segmentos de contabilidade, controladoria, gestão de pessoal, controle patrimonial, financeiro, gestão de terceiros, contabilidade fiscal e societário.

 

Porém, é mais do que sabido que, para implantar um processo de outsourcing dentro de uma empresa ou organização, é preciso se calçar em alguns pontos, como avaliar e monitorar os riscos e fiscalizar as questões trabalhistas existentes. O maior receio de uma terceirização vem por parte dos funcionários. Ainda há o mito de que, se for contratada mão-de-obra terceirizada, poderão ser demitidos. Isso tem-se mostrado um grande equívoco. Na maioria dos casos, são contratados profissionais terceirizados para conclusão de projetos específicos, não se desfazendo de postos já existentes dentro da organização, conforme já foi pontuado acima.

 

Entretanto, para garantir novos mercados, é importante que a empresa contratada tenha um bom processo de planejamento e inove sempre, alcançando diversificados patamares de atuação, dentro de uma atividade específica do mercado. Da área contábil até a fiscal, o outsourcing tem sido uma das saídas das organizações para ganho de competitividade. Riscos haverá sempre. O que não se pode é perder negócios por desacreditar em parceiros. O segmento cresceu, se aperfeiçoou e tornou-se um integrante decisivo do sistema empresarial vigente.

 

Geuma Campos Nascimento é sócia da Trevisan Outsourcing e professora da Trevisan Escola de Negócios. ([email protected])

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