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Mobile Payments. O celular virou carteira



Autor: Raul Pavão


Quando o telefone celular chegou ao Brasil, em 1990, pesava 794 gramas e existiam apenas 667 aparelhos disponíveis no mercado. De lá pra cá o mercado de telefonia móvel se expandiu, se modernizou e a era da tecnologia 3G finalmente começa a fazer parte do nosso cotidiano. O celular deixou de ser apenas um simples aparelho usado para chamadas de voz, virou equipamento multimídia e agora pode ser usado como terminal bancário, cartão de crédito e até para pagar a pizza do domingo.

 

Para facilitar as negociações entre consumidor e comerciantes, o mobile payment (realização de um pagamento via aparelho celular ou smartphones) permitirá que as compras feitas pelo celular sejam muito mais rápidas, possibilitando ainda a personalização no atendimento ao cliente, redução de custos para o varejo e instituições financeiras.

 

O uso do celular não tem limites. Estudos apontam que até 2010 cerca de 10% das 50 bilhões de transações bancárias serão feitas por meio dos aparelhos. Por essa razão, as instituições financeiras estão apostando e desenvolvendo novos produtos e serviços voltados para esse nicho de mercado.

 

Em virtude do grande volume de transações eletrônicas, bancos, operadoras de telefonia celular e as administradoras de cartões em todo o mundo começam a definir as regras de utilização de mobile payment, que também permitirá a redução dos riscos e custos operacionais dos serviços financeiros.

 

A grande quantidade e possibilidade de transações, bem como a diversidade de tecnologias, soluções e dispositivos estabelecem um excelente desafio para a padronização do mobile payments. P2P (person-to-person), P2M (person-to-merchant), P2B (person-to-business), international money transfer, são termos de mercado utilizados para definir algumas possibilidades de transações via celular.

 

Há ainda outros desafios relacionados à segurança, incluindo questões críticas como fraudes e lavagem de dinheiro.  Uma vez superados, restará apenas vencer a última e talvez a mais importante barreira: a cultural. Apesar de várias transações por celular já estarem disponíveis há alguns anos – como serviços de mobile banking – menos de 3% dos clientes bancários brasileiros utilizam o telefone celular para realizar operações. Certamente isto se reverterá em um futuro muito próximo e teremos, finalmente, o conteúdo de nossas carteiras dentro de um celular.

 

Raul Pavão é diretor de marketing e alianças da EverMobile.

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