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Não basta ser líder, tem que ser coach!


Qualquer um que visite uma livraria hoje ficará facilmente surpreendido com a grande quantidade de livros que se propõem a desenvolver ou aperfeiçoar a capacidade de liderança. Tem-se, por vezes, a impressão de se estar em um verdadeiro buffet com as mais diversas iguarias à nossa disposição. Temos de tudo: nós temos a liderança transformadora, a liderança servidora, a liderança baseada em princípios, a liderança isso, a liderança aquilo, e por assim vai. Se nós desconsiderarmos aqueles autores que meramente colocam um adjetivo ao lado da palavra “liderança” e simplesmente repetem os mesmos velhos conceitos como se fossem alguma coisa nova “saída do forno” – autores estes que não nos ocuparemos aqui neste artigo -, o número de modelos e estilos de liderança à nossa disposição ainda é extremamente grande.

Existe uma razão muito simples para esta nossa relativa abundância de Livros sobre este assunto e a razão é esta: cada vez mais as pessoas e organizações estão percebendo que os antigos modelos de liderança e gestão não estão atendendo mais às suas necessidades e estão se voltando em busca de novos modelos que atendam a estas necessidades. Dentro deste processo de busca de formas mais eficientes de liderar pessoas, o coaching tem se destacado como uma das mais completas soluções para o desenvolvimento da liderança – senão a mais completa. As razões para isto são várias, e aqui gostaríamos de destacar algumas das que consideramos serem as principais:

1. O coaching como modelo de liderança diminui a pressão sobre os liderados.

O líder coach tem como ponto de partida o respeito incondicional pelo liderado enquanto ser humano. Isto é natural e imediatamente percebido pelo liderado – seja de uma forma consciente ou inconscientemente – o que diminui o antagonismo e as barreiras ao exercício da liderança por parte do líder coach, melhorando e solidificando, desta forma, a relação de liderança. Esta melhora, por sua vez, se traduz em um melhor aproveitamento do potencial do liderado: é esta característica em especial que tem tornado o coaching o modelo de liderança mais adaptado aos tempos modernos.

Em uma sociedade globalizada e interconectada, onde concorrência acirrada e a alta competitividade são as regras do jogo, a criatividade e o talento dos colaboradores se tornam verdadeiramente os maiores ativos de qualquer organização – independentemente do porte, do setor ou do número de funcionários. Você simplesmente não consegue mobilizar talentos na base do chicote: isto só é possível se houver de fato uma liderança capaz de despertar o potencial para o melhor nas pessoas – e o coaching atende perfeitamente a esta necessidade.

2. O coaching como modelo de liderança diminui a pressão sobre o líder.

Sabe aquele chefe autoritário e carrancudo? Não seria surpresa para ninguém se um belo dia ele enfartasse, não é mesmo? Na verdade, o que cada vez mais se tem percebido é que o antigo modelo autocrático é tão ou mais prejudicial para o próprio chefe quanto o é para os liderados. Neste modelo, o chefe muitas vezes entendia que ele – e nada além dele – era a única coisa que separava a organização para a qual ele trabalhava do mais completo caos: este tipo de pressão psicológica por vezes cobrava algum preço, seja emocional, ou mesmo em termos de saúde física. O modelo de liderança baseado no coaching, ao diminuir a pressão sobre o líder, não só contribui para o aumento de sua qualidade de vida, como também libera a atenção do líder para aquilo que realmente é da sua competência: o ganho imediato é uma liderança mais focada em resultados e na geração de Valor para o negócio.

3. O coaching como modelo de liderança facilita a atuação do RH.

Eu deverei abordar este tema em outra oportunidade com uma maior profundidade, mas, por ora, é importante aqui destacar que o Recursos Humanos é, de longe, um dos maiores beneficiados pela disseminação da cultura de coaching. Isto porque o coaching facilita, em muito, o trabalho do gestor de pessoas – e é muito fácil entender porquê. Se partirmos do pressuposto que, em toda empresa, existe sempre um grau de tensão entre os componentes da organização, e que o coaching, como estilo de liderança, contribui para uma diminuição significativa desta tensão, fica fácil de se entender porquê o trabalho do RH se torna imensamente facilitado. Além disso, como já o dissemos em outra ocasião, o RH, dentro de uma empresa que tenha adotado uma cultura de coaching, assume de fato um papel privilegiado como coach dos coaches, o facilita enormemente o desempenho de sua função estratégica.

Por estas e por outras razões, o coaching tem se tornado cada vez mais o modelo de liderança que mais cresce no mundo. Hoje, mais que nunca, não basta ser líder: tem que ser coach!

Tadeu Alvarenga é sócio-diretor da Alves & Alvarenga Consultoria em Gestão e Desenvolvimento de Pessoas. ([email protected])

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