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Nortel quer engolir o mercado brasileiro de call centers

Alguém aí se lembra do estilo low-profile da Nortel? Esqueça. A empresa reuniu a imprensa, nesta quinta-feira, 11/03, para avisar que vai investir pesado na divulgação, a fim de aumentar o grau de percepção da marca, mundo afora. Mais, ainda, a idéia é jogar todas as fichas justamente nos segmentos que considera o ponto fraco da principal concorrente, a Cisco: sistemas de segurança, soluções de mobilidade e relações com os parceiros de negócio, aponta o cubano criado em Porto Rico, Juan Chico, vice-presidente para a área de soluções corporativas na região denominada Cala (Caribe e América Latina).

Na prática, a reação da Nortel já começou, com a contratação de Luiz Serra. Ex-diretor da Cisco em São Paulo e Sul do Brasil e, depois, de vendas de telecom no País inteiro, ele chega para assumir o cargo de diretor de mercado corporativo, respondendo diretamente pela região Brasil, que segundo ele e Juan, já tem o maior peso na composição das receitas auferidas pela Nortel em Cala.

No Brasil, a investida da empresa inclui, sobretudo, ações específicas e agressivas no mercado de soluções para contact center, que, na previsão dos executivos, deve crescer 40% em 2005. Nesse segmento, uma das coisas que animam a Nortel são os sete novos e grandes contratos fechados no ano passado, em 2004, dos quais dois com clientes novos (Itaú e Americanas.com) e cinco com antigos usuários da plataforma que decidiram atualizar a planta – caso de Brasil Center, Contax, Sul América, Officenet e Drogarias Onofre. Juan e Luiz não sabem dizer quantas são, no Brasil, as posições de atendimento (PA) que já estampam a marca Nortel. Mas os novos contratos, no valor total de US$ 3 milhões, permitiram à fabricante de soluções de infra-estrutura para redes e centrais de atendimento colar o próprio selo em mais 5 mil PA.

Numa ação inédita na história da empresa, no Brasil, a Nortel também planeja conquistar as pequenas e médias empresas, segmento no qual igualmente se encaixam as agências bancárias e filiais de grandes empresas, outros dois alvos da estratégia. Nesse caso, o produto de prateleira é a central BCM (Business Communication Manager), que, de custo menor, em relação às demais soluções da plataforma Nortel, reúne, porém, todas as funcionalidades de computação e telecomunicações requeridas na comunicação interna e externa.

Na América Latina e Caribe, assim como nas demais regiões do mundo, segundo Juan e Luiz, a Nortel vai trabalhar para explorar, com soluções multimídia integradas e de alta mobilidade, as oportunidades de negócios nas áreas que considera mais promissoras: voz, mercado avaliado em U$ 8,7 bilhões; voz e dados (US$ 6,6 bilhões); vídeo (US$ 1 bilhão) e dados e infra-estrutura (US$ 20,6 bilhões). Juan e Luiz contam que, até 2007, a intenção da Nortel, que já é líder mundial em soluções de Voz sobre IP (Internet Protocol), é dominar, também, os segmentos de voz convergente, com 20% de market share; dados convergentes, com 15%; e comunicações para aplicações de negócios, o que inclui, além de contact center, URA (Unidade de Resposta Audível) e mensagens unificadas.

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