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O call center e o Nordeste



Autor: Paulo Müller

 

Nos últimos anos, o Brasil tem percebido cada vez mais o nordestino trilhar o caminho de volta a sua cidade natal. Um levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apresentado em 2011, sobre as correntes migratórias desde 1999, apontou que o Nordeste teve o maior índice de retorno de sua população, superando os 20% em 2009.

 

Esse fenômeno pode ter várias explicações, entre elas a melhoria das condições sociais, das políticas públicas e do padrão de vida da população, que favoreceu a instalação de empresas na região e a fixação da população.

 

O call center, setor que emprega mais de 1,5 milhão de pessoas no Brasil, está presente nesse cenário e concorre significativamente para essa nova realidade. Incentivadas por benefícios fiscais e pela constatação do volume de mão-de-obra disponível, empresas gigantes do setor se fixaram na região e expandem seus negócios.

 

Nos últimos dois anos, a região Nordeste cresceu 2%, chegando a responder por 11% das contratações do setor, enquanto que a região Sudeste, que abriga a grande maioria das empresas, pela primeira vez apresenta queda nas contratações, de 62% para 59%.

 

Tradicional porta de entrada para o mercado formal de trabalho, o call center oferece uma importante oportunidade para essa população que por muitos anos viveu à margem das relações de trabalho. Além dos direitos trabalhistas respeitados, as empresas oferecem treinamento e possibilidade de crescimento.

 

Ao mesmo tempo, o profissional nordestino dá sua resposta à altura. Empresas pioneiras nesse processo atestam que o profissional do Nordeste é mais comprometido, permanecendo por mais tempo no emprego. Quanto mais tempo trabalhando na empresa, melhor formado fica o funcionário que aperfeiçoa o treinamento obtido no início de sua jornada e ao longo de sua carreira. Em uma área em que treinamento e tecnologia andam juntos, esse diferencial é fundamental, pois reflete na melhoria da prestação do serviço oferecido pela empresa.

 

As experiências positivas das organizações que expandiram seus negócios para o Nordeste motivam novas empresas a trilharem o mesmo caminho. Fenômeno que se traduz em mais emprego, mais dinheiro circulando e mais oportunidades para o setor e para a região.

 

Paulo Müller é diretor presidente da Ayty CRM.

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