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Organizações flexíveis

Autor: Robson Paniago
 
Trabalhadores permanentes limitam as opções de gerentes que estão diante de um mercado em constante mudança. Para reduzir custos e aumentar a flexibilidade, muitas companhias estão convertendo empregos permanentes em empregos temporários ou contratos de trabalho por tempo determinado.
As organizações têm reagido à diversidade multicultural e às mudanças na composição da força de trabalho de diversas maneiras: implementando, por exemplo, programas para aumentar a consciência e a compreensão da diversidade, e reduzir os estereótipos.
Muitas companhias têm respondido ao aumento do número de mulheres trabalhadoras e de casais com duas carreiras com programas de benefícios “favoráveis à família”: assistência pediátrica e geriátrica, por exemplo, horários flexíveis, compressão da semana de trabalho, licenças não remuneradas e assistência à relocação de membros da família dos funcionários.
A maioria das 500 maiores da Fortune realizou cortes drásticos em seu pessoal. Os críticos acreditam que a redução em massa é uma moda passageira, uma maneira de aumentar o retorno do investimento para os acionistas.
Os seus partidários dizem que ela é necessária para manter a competitividade em um mercado global em rápida transformação. Dados recentes sugerem que a maioria das organizações utiliza o processo estrategicamente, reduzindo operações que ficaram com excesso de pessoal e, ao mesmo tempo, aumentando pessoal em áreas que adicionam valor.
O processo de reengenharia é a resposta de uma companhia a mudanças rápidas e drásticas no mercado.A reengenharia pede que os gerentes repensem a natureza da organização e reinventem os processos para produzir e distribuir bens ou serviços.
Ao praticá-la, os gerentes consideram como seriam os processos de trabalho e as estruturas organizacionais se estivessem recomeçando. Seus adeptos acreditam que, com o passar do tempo, as organizações desenvolvem processos e depois se algemam a eles apesar de mudança nas condições.
O crescimento de conglomerados como o Grupo Votorantim, a ITT ou a Litton Industries reforçaram a convicção que vigorava nos anos 1970: as organizações eficazes eram diversificadas; em outras palavras, elas reduziam seus riscos mediante a participação em múltiplos negócios.
As organizações contemporâneas se dedicam a competências centrais – aquilo que elas fazem melhor – e liquidam ou fecham negócios periféricos.
Robson Paniago é professor da IBE-FGV, doutor em Ciências Empresariais pela Universidad Del Museo Social Argentino.

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