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Os desafios do cloud no brasil

Autor: Rogério Falzoni
Já não é de hoje que muitas empresas têm o objetivo de ter seu ambiente 100% na nuvem. Mas, ainda por um bom tempo, será necessário conviver com ambientes híbridos que combinam software como serviço (SaaS), adoção de plataforma como um fornecedor de serviço (PaaS), utilização de infraestrutura como serviço (IaaS) e algumas aplicações legadas em seu datacenter local.
Atualmente, além de custos atraentes, existem também questões como praticidade, facilidade de expansão e redução de headcount como motivadores para se adotar cloud computing. Mas, a migração da TI tradicional para a nuvem vem abrindo discussões e desafios para os quais as empresas nem sempre têm respostas e resoluções. Vivemos em um mundo onde a análise de dados em tempo real aumenta a cada dia. Aplicações móveis e governança rigorosa trazem o desafio às organizações de gerenciar um ambiente complexo de dados que estão localizados em diferentes datacenters, com características distintas.
O desafio é como integrar tudo isso de forma segura e fornecer dados para fins analíticos, sem que seja ferida a governança imposta pela corporação?
Nesse novo mundo híbrido vamos conviver com dados fragmentados em múltiplas nuvens: privada, pública e datacenter local. Desta forma, se fazem necessárias ferramentas que permitam uma visão consolidada de seus dados e uma estratégia de gerenciamento da informação combinada com um conjunto de soluções que suporte a agilidade e demanda dos negócios, sem perder o controle dos dados críticos alinhados à governança e segurança da informação estabelecida pela empresa.
Desde o boom da internet, a infraestrutura passou por várias fases. Primeiro veio o modelo on-premises, quando as empresas construiram de forma maciça sistemas proprietários e banco de dados in house. Com a diversidade de sistemas, ambientes e custos de manutenção crescentes para manter a tecnologia, cloud surgiu como uma alternativa lógica. Inicialmente, muitos enxergaram e imaginaram que tudo poderia ser movido para a nuvem de forma rápida e simples, o que só é possível por meio de um processo gradativo e bem estruturado.
Primeiro, adotado-se a estratégia híbrida colocando dados diferentes em lugares distintos (cloud pública, privada ou on-premises), dependendo das características de seu ambiente tecnológico e suas necessidades. Um banco pode manter os dados dos seus clientes em seu datacenter no modelo on-premises atendendo às demandas regulamentares. Uma empresa de venda de ingressos para shows pode mover seu sistema de reservas para uma nuvem privada, possibilitando escalabilidade, bem como, segurança para lidar com um grande número de pedidos sem se preocupar com golpes ou perda de dados. Já uma companhia global de serviços, pode optar por mover seus dados do dia a dia para uma nuvem pública, permitindo que seus funcionários acessem as principais informações, onde quer que estejam de forma ágil e prática.
Cloud computing é fácil de adotar, uma vez que não requer instalação de nenhum hardware. Certamente, esse foi um dos fatores que motivou a adoção da nuvem nas empresas de forma isolada (áreas de negócios e setores distintos), sem considerar uma estratégia corporativa ou alinhamento com a TI. Onde quer que se origine os dados, seja on-premises, app SaaS em um servidor de nuvem privada ou pública, as instituições devem ser capazes de consultá-los sob um processo de gestão unificada, a fim de obter o máximo de informações relativas ao seu negócio e permanecer em conformidade com suas políticas de segurança da informação e compliance.
É necessário que as implantações sigam um padrão para obter informações das múltiplas nuvens em um único sistema de leitura de dados para análise e tomada de decisões, sejam elas comerciais, operacionias ou estratégicas (seja bem vindo ao mundo do Big Data). Finalmente,  é essencial controlar os dados onde quer que eles trafeguem para garantir que estejam seguros na sua origem e também em seu destino.
Se sua empresa está planejando ou migrando seu ambiente de TI tradicional para um ambiente híbrido e deseja ter a visão de todos os seus dados de forma única, observe e considere todos esses pontos de forma abrangente. Do contrário, correrá o risco de obter informações insuficientes ou mesmo mantê-las de forma insegura.
Rogério Falzoni é diretor comercial da unidade de negócios privado da ConnectCom.

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