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Outsourcing conquista status estratégico



Autor: Francisco Ricardo Blagevitch


Em um passado bem recente, o grande atrativo dos contratos de outsourcing era a redução de custos. Os CIOs enxergavam na terceirização de serviços de TI a oportunidade de conseguir adequar o budget às exigências financeiras, aliando mão-de-obra especializada com qualidade. Esse movimento fortaleceu o setor, fazendo com que as companhias escolhessem, de forma cada vez mais acentuada, o outsourcing para atingir os resultados.


Ao contrário de outros setores, pesquisas de mercado revelam que 61% dos executivos consideram que o outsourcing de TI ajudou as empresas a melhorar os desempenhos e 74% deles estão satisfeitos com os resultados obtidos após um ano de experiência.


A partir dessa constatação, temos um processo irreversível que é o amadurecimento desse mercado, que tem ganhado, acentuadamente, mais espaço e relevância no cenário corporativo. E a maneira de lidar com os fornecedores de soluções também evoluiu à medida que é preciso atender, quase de imediato, demandas pontuais e particularizadas das organizações.


Falando o bom português, a terceirização ganhou uma visão mais estratégica e ocupa status de “menina dos olhos” da maioria dos CIOs. Ao escolher esse modelo, as empresas incrementam seu desempenho, conseguem competir de forma mais acirrada com a concorrência, melhorando, conseqüentemente, sua rentabilidade.


Dessa forma, o amadurecimento do mercado nos leva a outro patamar: hoje, o desafio é conseguir compreender com exatidão as necessidades do cliente, estabelecendo uma relação de parceria, permeada por muito diálogo e transparência. É preciso que haja flexibilidade por parte do contratante e uma atuação pró-ativa, que demonstre uma facilidade para colocar em prática mudanças e adequações. Em resumo, que possa quebrar paradigmas e oferecer respostas rápidas e de resultados.


Especificamente no segmento de Service Desk, a maturidade do mercado leva ao aquecimento do setor. Previsão do Forrester Research aponta que essa área deve atingir, em 2009, US$ 15,5 bilhões. Diante disso, o Brasil passa a ser visto no cenário mundial como um grande pólo de outsourcing, sendo capaz de competir de igual para igual com empresas que atuam no mercado internacional. Já se torna comum corporações terceirizarem suas infra-estruturas de TI a partir do Brasil, elegendo um fornecedor que possa agregar valor ao seu negócio.


Percebemos que com a maturidade da terceirização no país, cresce a exigência por serviços de qualidade. Embora o fator preço ainda desempenhe um papel importante, outros aspectos, como competitividade e produtividade, exercem muito mais apelo. No segmento de Service Desk, por exemplo, ganha espaço o contratante que consegue oferecer respostas eficientes, em um curto espaço de tempo.


Pelo visto, fica claro que definitivamente o mercado nacional saiu da fase adolescente para ingressar, de uma vez por todas, na fase adulta. Agora, a conversa é de “gente grande”.


Francisco Ricardo Blagevitch é diretor de novos negócios da Asyst Sudamérica.

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