PMEs brasileiras devem avançar na nuvem

Os investimentos em TI pelas pequenas e médias empresas brasileiras devem saltar de US$ 48 bilhões em 2016 para US$ 63 bilhões até 2020, com as tecnologias baseadas em computação em nuvem e mobilidade crescendo mais do que as tecnologias tradicionais on premise. Os dados são da pesquisa 2016 Brazil Small & Medium Business: ICT & Cloud Services Tracker Overview, realizada pela AMI Partners a pedido da Intel Brasil. O estudo mapeou tendências e perspectivas na migração para novas tecnologias em todo o universo brasileiro de pequenas e médias.
Segundo Fabio de Paula, diretor da Intel para o mercado corporativo, em momentos de turbulência econômica, como o que vivemos atualmente, o investimento em serviços de tecnologia que tornem a operação mais eficiente e ágil em curto e médio prazo é essencial para manter a empresa competitiva. Um forte indicador disto é que o fator preço como principal critério no momento da aquisição de serviços de TI caiu 18%, segundo o estudo.
Essa visão também é compartilhada por parte dos tomadores de decisão entrevistados: 48% das empresas médias e 30% das pequenas consideram como prioridade nos próximos 12 meses o investimento em tecnologia para a redução de custos e maior eficiência. Estes números superam aqueles que priorizam o corte de gastos (23% apontados pelas pequenas e 27% pelas médias) ou encerramento de operações e unidades de trabalho (12% pelas médias e 16% das pequenas), por exemplo. Em relação as que já adotaram serviços de tecnologia, quando perguntadas o motivo, 49% das pequenas empresas e 62% das médias responderam que a economia nos custos operacionais é um dos fatores que estão levando as PMEs e buscar novas tecnologias.
NA NUVEM
A pesquisa também registrou que a adoção de soluções em Cloud Computing e Mobilidade devem crescer de 3 a 7 vezes mais rápida do que as soluções tradicionais, on premise. “Nossa estimativa é que o mercado de soluções em cloud para pequenas e médias empresas, em 2016, no Brasil alcance os U$ 6,6 bilhões, já que ainda há um grande terreno a ser conquistado”, afirmou Fabio de Paula.
As preocupações com a segurança no momento da adoção de soluções em nuvem também foram abordadas na pesquisa. Perguntadas sobre a preferência por serviços privados ou públicos de nuvem, as empresas médias citam a segurança como fator na escolha pela nuvem privada (36%), enquanto a maior parte das empresas pequenas (36%) não tem preferência. De modo geral, as médias se mostram mais resistentes do que as pequenas na migração para serviços de nuvem pública, justamente por uma preocupação maior com questões relativas à segurança da informação. “Ainda há um trabalho a ser feito pela indústria para desfazer mitos e inseguranças com relação à segurança da nuvem pública dentro do mercado de médias empresas. Para essas empresas, o modelo de nuvem híbrida tem se mostrado uma solução mais interessante”, comentou Fábio de Paula.
Em relação às aplicações voltadas para a administração dos negócios, as soluções de gestão de documentos são as mais utilizadas tanto nas pequenas quanto nas médias empresas (23%). As médias também já estão adotando soluções de business intelligence (23%) e CRM (17%). Quanto às adoções futuras, 28% das pequenas visam adquirir soluções voltadas especificamente para sua área de atuação, enquanto 21% das médias enxergam serviços de CRM como o próximo passo.

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