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Previsão de continuidade com ajuste fiscal



A segunda palestra do terceiro painel do IX Encontro com Presidentes foi realizada por Rubens Sardenberg, economista-chefe da Febraban. Antes de falar sobre os caminhos para 2011, o economista mostrou porque a candidada do presidente Lula ganhou a eleição e não o candidato da oposição. Para ele, o período de 2002 a 2010 foi “absolutamente fantástico” para o Brasil. Ele citou vários avanços, entre outros, o crescimento do PIB em 7,5% em 2010, o nível recorde de baixa de desemprego, o aumento do salário mínimo e o aumento no comércio exterior. “O Brasil cresceu, distribuiu renda e controlou a inflação. Foram gerados 15 milhões de empregos nos últimos oito anos e o salário mínimo saltou de R$ 200 para R$ 510, no mesmo período”, explicou o economista.


Dada a explicação, Sardenberg apresentou três possíveis cenários econômicos para os próximos anos. Todos eles são otimistas. O primeiro cenário é, segundo o economista, o mais provável e terá continuidade com algum ajuste fiscal. “O governo dá sinais de que terá austeridade no campo fiscal. Dá sinal também de contenção do crescimento e de que a taxa de juros recuarão no médio prazo”, declarou Sardenberg.


Para ele, o ajuste fiscal necessário seria diminuir a carga tributária, que vai fechar 2010 com 35% do PIB, diminuir os juros praticados e encontrar formas de aumentar o investimento privado. “O investimento em infraestrutura vem crescendo com base na do consumo. É necessário encontrar formas de aumentar o investimento privado de longo prazo”. Ele também falou da necessidade de segurança jurídica para as operações. “Para atrair o capital privado, é preciso ampliar a segurança jurídica. Sabemos de casos em que uma empresa efetuou uma operação e dez anos depois foi considerada ilegal pelo Poder Judiciário.


Já o segundo cenário é também otimista, mas haverá pressão inflacionária. “Este cenário seria uma espécie de continuação do segundo governo Lula, seria o Lula 3. É otimista, com o governo seguindo a trajetória de crescimento, mas com gera preocupação devido à pressão inflacionária”, definiu o economista da Febraban. Uma virada desenvolvimentista seria o pano de fundo para o terceiro cenário. “Esse cenário significa a manutenção da política fiscal em curso, o que trará a pressão inflacionária”, disse.


Apesar do otimismo presente nos três possíveis cenários apresentados, Sardenberg acredita que Dilma Rousseff terá de gerir a política econômica em meio a um cenário externo desfavorável. “O cenário espetacular que aconteceu entre 2002 e 2008 não volta mais. Hoje é bem menos favorável. A recuperação norte-americana é muito lenta”, resumiu.

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Previsão de continuidade com ajuste fiscal



A segunda palestra do terceiro painel do IX Encontro com Presidentes foi realizada por Rubens Sardenberg, economista-chefe da Febraban. Antes de falar sobre os caminhos para 2011, o economista mostrou porque a candidada do presidente Lula ganhou a eleição e não o candidato da oposição. Para ele, o período de 2002 a 2010 foi “absolutamente fantástico” para o Brasil. Ele citou vários avanços, entre outros, o crescimento do PIB em 7,5% em 2010, o nível recorde de baixa de desemprego, o aumento do salário mínimo e o aumento no comércio exterior. “O Brasil cresceu, distribuiu renda e controlou a inflação. Foram gerados 15 milhões de empregos nos últimos oito anos e o salário mínimo saltou de R$ 200 para R$ 510, no mesmo período”, explicou o economista.

 

Dada a explicação, Sardenberg apresentou três possíveis cenários econômicos para os próximos anos. Todos eles são otimistas. O primeiro cenário é, segundo o economista, o mais provável e terá continuidade com algum ajuste fiscal. “O governo dá sinais de que terá austeridade no campo fiscal. Dá sinal também de contenção do crescimento e de que a taxa de juros recuarão no médio prazo”, declarou Sardenberg.

 

Para ele, o ajuste fiscal necessário seria diminuir a carga tributária, que vai fechar 2010 com 35% do PIB, diminuir os juros praticados e encontrar formas de aumentar o investimento privado. “O investimento em infraestrutura vem crescendo com base na do consumo. É necessário encontrar formas de aumentar o investimento privado de longo prazo”. Ele também falou da necessidade de segurança jurídica para as operações. “Para atrair o capital privado, é preciso ampliar a segurança jurídica. Sabemos de casos em que uma empresa efetuou uma operação e dez anos depois foi considerada ilegal pelo Poder Judiciário.

 

Já o segundo cenário é também otimista, mas haverá pressão inflacionária. “Este cenário seria uma espécie de continuação do segundo governo Lula, seria o Lula 3. É otimista, com o governo seguindo a trajetória de crescimento, mas com gera preocupação devido à pressão inflacionária”, definiu o economista da Febraban. Uma virada desenvolvimentista seria o pano de fundo para o terceiro cenário. “Esse cenário significa a manutenção da política fiscal em curso, o que trará a pressão inflacionária”, disse.

 

Apesar do otimismo presente nos três possíveis cenários apresentados, Sardenberg acredita que Dilma Rousseff terá de gerir a política econômica em meio a um cenário externo desfavorável. “O cenário espetacular que aconteceu entre 2002 e 2008 não volta mais. Hoje é bem menos favorável. A recuperação norte-americana é muito lenta”, resumiu.

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