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Promoção da acessibilidade

O Sintelmark realizou, no último dia 23 de abril, no Nobile Downtown, em São Paulo, o 1º Seminário pela Inclusão da Pessoa com Deficiência no setor de Contact Center. O evento reuniu cerca de 80 profissionais e premiou as empresas que já obtiveram resultados positivos na evolução das contratações. Durante o seminário, destacou-se a evolução e os resultados do programa desenvolvido em parceria com o Instituto Modo Parités, com foco na capacitação de gestores e acompanhamento de ações afirmativas – com o intuito de fornecer instrumentos de gestão, eliminar barreiras, auxiliar e garantir acessibilidade e inclusão efetiva.
Na oportunidade, além do presidente do Sintelmark, Topázio Silveira Neto, e a fundadora do Instituto Modo Parités, Ivone Santana, esteve presente o coordenador do Projeto de Inclusão de Pessoas com Deficiência da Secretaria Regional do Trabalho (SRT), José Carlos do Carmo, que abordou a visão e expectativas do órgão. “Este trabalho que está sendo feito em São Paulo deve servir como um primeiro passo. Temos muito a fazer e precisamos trazer mais empresas para este programa, que já é um sucesso. Espero que possamos espalhar a iniciativa aos outros estados da federação, para que se possa facilitar a inclusão da pessoa com deficiência. Todos ganham com a promoção da acessibilidade”, comentou o presidente do Sintelmark.
Com um retrospecto de participação de mais de 70 gestores ligados à atividade de contact center e aumento de mais de 34% no número de empregos gerados entre as empresas que fazem parte do programa, em pouco mais de um ano, a iniciativa já contemplou duas etapas: a realização do mapeamento de acessibilidade e cultura organizacional; e, de forma mais prática, a capacitação de gestores e executivos. De agosto de 2017 a março de 2019 já foram realizados diversos encontros de capacitação, passando pelos temas de atração, seleção, recepção, desenvolvimento, retenção, comunicação e engajamento.
“No início tudo parecia impossível, e as dificuldades eram muitas. Mas, aos poucos, fomos alcançando os resultados. Não existe fórmula mágica. O que há é a predisposição para ter um cenário de inclusão nas empresas”, destaca Ivone. Carmo ressaltou a importância de iniciativas como a do Sintelmark. “É graças à Lei de Cotas que temos conseguido avançar no processo de inclusão. A eficiência da lei se dá pela fiscalização. Multar não é nosso objetivo, embora algumas vezes tenhamos de usar a multa como instrumento de conscientização das empresas. Mas, o importante é sempre difundir a cultura da inclusão, como está sendo feito aqui”, enalteceu.
DESTAQUES
Foram premiadas com o troféu Cultura Organizacional Inclusiva as seguintes empresas: Uranet, Actionline, Intervalor e conecta. “O programa está dando muito certo e ainda temos alguns desafios pela frente. Tivemos de vencer a barreira cultural no início. Mas uma coisa boa foi que agregamos o programa da diversidade e inclusão na rentabilidade ao negócio e os resultados já começam a aparecer”, conta João Viel, assistente de Recursos Humanos da Conecta. Segundo ele, a empresa tinha 67% da cota de funcionários com deficiência exigida pela legislação e passou para 110% em janeiro deste ano.
“Tivemos um apoio importante do setor de Recursos Humanos e a empresa comprou a ideia da inclusão. Fizemos adequações de salário e de jornada. Mas, com o programa, o mais difícil foi operacionalizar o ingresso destes trabalhadores. Ou seja, não é porque possui deficiência que pode tudo. Eles também têm de cumprir metas, horários e merecem feedback”, destacou Adriana Carreira, advogada da Actionline. A empresa hoje emprega 100% da cota. No início do programa o percentual era de apenas 9%.
O diretor administrativo da Intervalor, Ruy Rede, lembrou que no início do projeto não teve como fugir da pergunta “quanto custa tudo isso? Como a gente vai fazer isso acontecer?”. Mas que hoje, após dois anos, ele mudou seu modo de ver e de lutar pela inclusão. Orgulhoso e emocionado com os resultados, contou que o seu contato com as pessoas com deficiência foi transformado e o quão tem sido rica a relação com estes profissionais. “Não tem preço o que aprendemos com essas pessoas”.
Em termos de quantidade, a Uranet, dentre as empresas participantes do programa, tinha uma das maiores cotas legais a cumprir, o que não foi impeditivo para a empresa deixar de atender a legislação.

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