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Quem disse que brasileiro adora fila?



A piadinha de que brasileiro adora fila parece não ter fundamento se analisarmos o acelerado crescimento do número de ingressos vendidos por telefone ou pela Internet para shows, musicais, cinemas e peças de teatro. As pessoas estão, cada vez mais, optando por essa prática devido à comodidade do serviço prestado. “A profissionalização do setor de callcenter e a confiança adquirida em transações on-line também contribuíram muito para a substituição do guichê pelo telefone ou computador”, afirma Jarbas Nogueira, presidente da ABT – Associação Brasileira de Telesserviços.


Segundo informações obtidas na bilheteria do Teatro Alfa, em São Paulo, onde desde o início de março o musical My Fair Lady é apresentado, 90% dos ingressos são vendidos por telefone. Para o musical Miss Saigon, que estreou em meados de julho, no Teatro Abril, é esperado um milhão de espectadores até o final de suas apresentações na cidade, 25% vindos de fora da capital. Ou seja, ingressos vendidos por telefone.


A passagem da banda irlandesa U2 pelo Brasil, em fevereiro do ano passado, comprovou que o uso de centrais de atendimento para venda de ingressos é eficiente e, dependendo da grande procura do público, bem mais apropriado. Após problemas ocorridos na venda de ingressos para o primeiro show da banda por uma rede de supermercados, os responsáveis pela organização do segundo e último show optaram por vendas somente por telefone. Nas primeiras oito horas, mais de 50 mil ingressos foram vendidos pela Contax, empresa de telesserviços contratada pela organização.


“A falta de tempo para ir até uma bilheteria, aliada a uma possível frustração que a pessoa tem em deixar de ver um show que tanto deseja, também faz com que a venda por telefone ou pela Internet seja um serviço essencial para muitos”, acrescenta Nogueira. Pela Internet, em sete anos de operação, mais de três milhões de ingressos já foram vendidos por uma única empresa do ramo. Há casos de empresas que cobram taxa de conveniência (geralmente de 15%) sobre o valor de cada ingresso, o que para muitos é compensado pela comodidade oferecida.

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