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Quer manter os bons profissionais? Valorize eles!

Autora: Valéria Andrade
Um dos maiores desafio para qualquer gestor é conseguir manter os grandes talentos dentro da empresa. Encontramos esse cenário em empresas de todos os portes e de todos os setores. A mesma dificuldade que uma empresa familiar tem em manter um bom profissional é encontrada nas gigantes multinacionais.
Muitos fatores podem influenciar a decisão deste profissional de destaque em permanecer ou deixar a companhia. Em muitos casos, esse talento busca trabalhar na empresa que sempre sonhou, ou mudou seus rumos profissionais devido a questões pessoais e pouco pode ser feito para retê-lo. Em outras situações, o alto salário e os benefícios oferecidos podem fazer a diferença também. No entanto, uma ação que tem um grande poder de conquistar o funcionário, mas nem sempre é devidamente explorada, é a valorização deste talento.
E essa valorização vai muito além de um aumento salarial ou um bônus anual. As pessoas querem também ter seu trabalho reconhecido, crescer profissionalmente e ter sua voz ouvida dentro da empresa e terem seus desejos pessoais respeitados. Um levantamento da Kelly com mais de quatro mil profissionais no Brasil mostra que 73% deles valorizam a oportunidade de crescimento profissional para se manter dentro da empresa e 62% se identificam com empregadores que oferecem programas de treinamento e desenvolvimento.
Esses números comprovam que o brasileiro quer um emprego onde ele enxergue uma possibilidade real de crescer e se desenvolver na carreira. O grande talento, em geral, sabe que ele é bom no que faz e que pode trazer resultados positivos para seu empregador. E, por isso, ele busca essa reciprocidade. Quando o trabalhador sente confiança de que seu gestor vai ajudá-lo a crescer e que a empresa pode oferecer melhores oportunidades, ele vai pensar muitas vezes antes de buscar um novo emprego ou aceitar uma proposta de um concorrente.
Outra ação importante que o gestor deve ter para reter os bons colaboradores dentro da empresa é entender os fatores motivacionais de cada um dos seus liderados, mantendo  um diálogo permanente. Isso mostra interesse no profissional e no trabalho que está sendo desenvolvimento e nos resultados que consequentemente serão obtidos. Além disso, ouvir as opiniões e buscar soluções em conjunto demonstra que o líder confia no diagnóstico do liderado, o valoriza como pessoa e acredita que ele é peça fundamental para ajudar a guiar os rumos da companhia.
Por fim, essa valorização necessariamente passa por respeitar o profissional de seus anseios individuais. Nem todos os profissionais desejam uma ascensão vertical ou uma carreira internacional, por exemplo.  Alternativas como horário flexível ou trabalho part time podem ser um ótimo fator de retenção para aqueles que querem se dedicar mais tempo a família ou ao crescimento dos filhos pequenos. Uma empresa que não pensa apenas em trabalho, que busca conhecer a vida dos empregados e que permite uma vida social saudável necessariamente terá um ambiente mais amigável e motivador. Tanto que, nessa mesma pesquisa desenvolvida pela Kelly, 59% dos entrevistados levam em consideração o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional ao se decidir por se manter em seu atual emprego.
Reter os grandes talentos sempre será uma grande dificuldade. Mas, ao se atentar com cuidado a esses detalhes, e oferecer condições para que o profissional explore suas potencialidades, oferecendo um bom pacote de recompensas financeiras e valorização profissional, respeitando-o pelo o que é e pelos seus anseios, as chances de manter seus bons profissionais será muito maior.
Valéria Andrade é diretora de RH na Kelly no Brasil.

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