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Sistema de crédito precisa de reforma



O Centro para Crédito Competitivo (Center for Competitive Credit), centro de estudos aplicados do Conselho de Pesquisas Políticas e Econômicas (Political & Economic Research Council – PERC), acaba de divulgar um estudo sobre a reforma do sistema brasileiro de crédito, que permitirá a passagem de um sistema de informações negativas para um sistema de informações completas sobre crédito, permitindo a transmissão de informações positivas sobre os candidatos a empréstimos. A reforma está atualmente em exame pelo Congresso brasileiro e recebeu o apoio de membros do governo e líderes empresariais.


O estudo chegou à conclusão de que a implementação de um sistema de informações positivas sobre crédito teria efeitos benéficos substanciais para a economia da nação, incluindo acesso mais amplo e justo ao crédito, taxas de juros mais baixas, redução da pobreza e melhor distribuição de renda. “O estudo examina assuntos de grande importância para todos os brasileiros que trabalham, como inclusão financeira, expansão das oportunidades econômicas, aumento do acesso a empréstimos para o setor privado, melhor desempenho dos empréstimos e maior estabilidade dos bancos, além da redução nos custos do crédito”, disse Michael Turner, presidente do PERC. “A inclusão de dados positivos de crédito permite que muitos desses benefícios sejam realizados de forma significativa”, acrescentou.


Uma simulação feita pelo PERC com dados sobre crédito em países da América Latina, Estados Unidos e Japão revelou que tanto os consumidores como as economias se beneficiam com um sistema de informações completas sobre crédito. Por exemplo, quando quem concede o empréstimo tem condições de avaliar tanto informações positivas como negativas, as instituições financeiras podem duplicar o número de pessoas às quais emprestam com segurança.


Ao mesmo tempo, se a participação em um sistema de informações sobre crédito crescer de 50% para 100%, as instituições financeiras poderão aumentar o capital privado no mercado em até 47,5%. Este aumento na estimulação ao capital pode levar a um crescimento de 0,75% no índice de aumento do PIB. Mesmo em uma economia avançada como a do Japão, o PERC determinou que a transição para um sistema de informações completas sobre crédito, saindo de um sistema apenas com informações negativas – semelhantes ao existente no Brasil – poderia levar a um aumento de 20% nos empréstimos do setor privado e a uma alta de 0,67 pontos percentuais no índice de crescimento do PIB japonês.


“A inclusão de informações positivas nos relatórios sobre crédito não apenas leva mais empréstimos para todos. Ela também conduz a um aumento nos empréstimos para grupos que tradicionalmente não têm acesso a crédito, como pessoas de baixa renda e membros de minorias, incluindo a grande população de mulatos e mestiços que constituem 40% dos habitantes do Brasil”, declarou Robin Varghese, membro sênior do PERC.


“Nos Estados Unidos, conforme o crédito passou a se basear em informações mais positivas e completas, descobrimos que grupos de baixa renda e minorias raciais eram responsáveis por uma larga parcela do crescimento nos negócios. Na Colômbia, descobrimos que a inclusão de dados positivos aumentou o acesso das mulheres ao crédito até a quase igualdade, com 50%-50%, saindo de uma situação na qual dois terços dos empréstimos eram feitos a homens”, acrescentou.

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