Utilizar a internet para reclamar e pedir informações sobre defesa do consumidor tem sido cada vez mais freqüente entre as pessoas insatisfeitas com produtos, serviços e atendimento de diversos segmentos. O número de sites criados para receber queixas e orientar o consumidor tem crescido a cada dia. O site “Ligue 0800” (www.ligue0800.com.br), por exemplo, que, foi criado para que a população tenha acesso rápido aos SACs existentes em empresas e órgãos públicos, recebe reclamações de internautas que, muitas vezes, pensam que o site é o próprio canal direto de comunicação entre o cliente e a empresa. “O site foi criado para ser um instrumento de consulta de números de telefones 0800, explica Antonio Rodrigues Dias, contador e técnico em eletrônica e em exploração de petróleo, que criou o site em 1999. “Quando queria obter informações sobre produtos e serviços, tinha muita dificuldade em encontrar números de Serviços de Atendimento ao Consumidor. Pensei, então, que outras pessoas enfrentavam o mesmo problema e resolvi dar minha contribuição. Fui o pioneiro na criação deste serviço”, completa. Roberto Domingos, criador do site “Vai se queixar ao Bispo”, também oferece o espaço para que pessoas enviem suas queixas pela internet. O site é específico para reclamações de companhias telefônicas. “No início, em 1999, a Anatel justificava que as operadoras precisavam de tempo para cumprimento dos prazos e das novas normas. Recentemente, notei que sempre que me queixo à Anatel a solução do problema é agilizada”, comenta Roberto, que também é criador de um dos sites de maior sucesso na internet, o Free Webdesign. Reclamações de companhias telefônicas levaram outros sites a criar, inclusive, espaços e rankings específicos para este setor. No site “Quem Cala”, o consumidor pode se queixar sobre diversos assuntos e empresas, mas já há um espaço exclusivo para telefonia fixa e celulares. Já os sites “Quero Reclamar” e “Solte a Língua” trazem rankings que apontam as empresas com maior número de reclamações. As companhias de telefones lideram como as mais citadas nas queixas e que menos respondem às reclamações on line.