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Teleworking: nova tendência de trabalho

Uma das grandes tendências do cenário corporativo mundial é o Teleworking (Tele-Trabalho) ou Telecommuting. Pesquisas apontam que este novo tipo de relação comercial proporciona uma série de benefícios para ambas as partes: empregados e empregadores. Entre as vantagens estão as reduções de gastos com infra-estrutura e a maior resistência a situações de crises. Alguns estudos indicam aumentos de produtividade que variam de 20 a 45% de ganhos. Ao contrário da primeira impressão, o Teleworking não se restringe às residências, podendo ser realizado em escritório satélite ou ainda num escritório móvel.

As barreiras tecnológicas para o advento do Teleworking são praticamente inexistentes. A banda larga deixou de ser uma realidade exclusiva dos entusiastas da tecnologia, o preço vem caindo a cada mês e, em muitos casos, os modems estão saindo de graça como o que aconteceu com as antenas de recepção de televisão digital via satélite. A Eletropaulo está testando (março de 2002) as suas linhas para fornecimento de serviços de conectividade com a internet. O piloto da Cemig será finalizado em maio. Ao que tudo indica, este serviço será bastante acessível, levando ao chão o preço das conexões via banda larga.

Hoje o Teleworking conta com diversas ferramentas de software para propiciar esta experiência. São ferramentas de e-collaboration, compartilhamento de documentos, instant messages, agendas compartilhadas, vídeo conferência, web fone, uma infinidade de recursos que somente o tempo poderá classificá-los como utilidades ou inutilidades. Também entra como debutante neste mercado a tecnologia Bluetooth, prometendo ser um padrão universal para redes pessoais de comunicação sem fio a curtas distâncias.

Entre todas estas maravilhas para propiciar a experiência do Teleworking, pouco ou nada tem se falado sobre segurança das informações. Pode ser que as VPN (Virtual Private Network) estejam tomando o lugar de onipotência ocupado pelos firewalls no passado. Quem tinha um firewall em sua rede acreditava estar seguro contra qualquer mazela do mundo digital. Para quem anda pensando assim, a segurança das informações vai muito além da criptografia para a camada de rede.

Qualquer computador pessoal ligado à internet, seja ele utilizado para Teleworking, entretenimento ou uso doméstico, deve possuir um kit básico de softwares para garantir a segurança das informações armazenadas localmente. Neste sentido é fundamental ter bem configurado e atualizado, de preferência automaticamente, anti-vírus, personal firewall (firewall pessoal), solução de backup e uma solução de criptografia para disco-rígido.

Para uma utilização profissional, além de VPN, é interessante possuir uma solução de criptografia completa, interligando a aplicação que funciona nos clientes ao servidor corporativo, utilizando certificados digitais para assinatura de transações. Também, quanto à questão dos processos, é salutar pensar numa política de segurança para estabelecer regras na utilização dos recursos computacionais, cuidados na manutenção do equipamento, regras e orientações sobre o acesso de familiares e visitantes, e também a classificação das informações sensíveis.

Vencidas as barreiras, o Teleworking tem tudo para emplacar em diversos segmentos que podem operar com trabalho distribuído, como por exemplo, jornalismo, publicidade, pesquisas, vendas e marketing, corretagem, atendimento ao consumidor, consultoria financeira, desenvolvimento de sistemas e digitação. Talvez o Teleworking venha a criar o mundo virtual globalizado tão sonhado pela “velha nova economia”.

André Correia é gerente de planejamento e consultoria da Open Communications Security. [email protected]

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