Tiraram o pé do acelerador?

O mercado de contact center se acostumou nos últimos anos a registrar média de crescimento de 10%, quando não, acima disso. Porém, esse ano esse cenário pode mudar um pouco. Na avaliação de Alexandre Moreira, CEO da AeC, alguns aspectos econômicos geraram insegurança no mercado contratante. “É esperado um ritmo de crescimento menos acelerado dos nossos clientes e, com essa avaliação de mercado, eles arriscam menos. Se isso acontecer, o mercado de contact center pode vir a sentir”, prevê o executivo. Em entrevista exclusiva ao portal, Moreira explica esse cenário, conta como foi esse ano para a AeC e destaca o processo de interiorização da empresa.

Callcenter.inf.br – Que avaliação faz de 2013 para o mercado?
Moreira: Houve uma preocupação das empresas de contact center em relação a 2013, pois alguns aspectos econômicos, como a alta do dólar, geram insegurança no mercado contratante. É esperado um ritmo de crescimento menos acelerado dos nossos clientes e, com essa avaliação de mercado, eles arriscam menos. Naturalmente, se os nossos clientes diminuem suas vendas e lançamentos de novos produtos há um movimento mercadológico menor, onde eles podem não ampliar a base investindo menos em promoções. Se isso acontecer, o mercado de contact center pode vir a sentir.
Qual o principal fato que marcou o setor esse ano?
As discussões em torno da regulamentação da terceirização dos serviços.
Como foi 2013 para a sua empresa?
A AeC é historicamente proativa. Sua postura de mercado sempre foi a de não ser reativa diante das tendências. Exemplo disso é a sua maior diferenciação da concorrência com a estratégia de interiorização, adotada em 2011, cujos resultados foram colhidos no mesmo ano, tendo sua rampa de crescimento ainda mais forte em 2012, com o mercado ainda aquecido no Brasil. Em 2013, mesmo com a economia mais retraída, a AeC continuou crescendo e ampliando a estratégia de interiorização, inaugurando novos sites em Mossoró e Juazeiro do Norte. Com isso, o faturamento da empresa continua ascendente.
Qual deve ser o faturamento de vocês esse ano? Quanto de crescimento em relação ao ano anterior?
Tivemos em 2013 um crescimento um pouco menor do que o esperado, mas de forma nenhuma o cenário aponta para uma estabilização. Devemos terminar o ano com faturamento de R$ 650 milhões.
Qual foi o principal acontecimento da empresa?
Dar continuidade à estratégia de interiorização, iniciada em 2011, que está rendendo bons frutos, inclusive com novas inaugurações de sites e ampliação no número de posições de atendimento. Em 2013, 45% dos atendimentos realizados pela AeC ocorreram nas capitais e 55% no interior. A previsão para o ano que vem é de 30% e 70%. Mas isso não quer dizer que as operações na capital irão diminuir: serão as do interior que irão ser ampliadas.

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