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Visão feminina conquista setor de telesserviços



Amanhã, 8 de março, todos comemoram o Dia Internacional da Mulher. E motivos para festejar não faltam, já que as mulheres conquistaram o mercado de trabalho. No setor de telesserviços não é diferente. Segundo pesquisa realizada pela ABT (Associação Brasileira de Telesserviços), elas representam 76,8% dos operadores.

 

Para Paulo Leite Neto, presidente da ABT, a mulher é peça fundamental nos callcenters. “Elas são maioria, porque é uma área que permite conciliar trabalho e família. A mulher conquistou espaço no mercado de trabalho e isso se reflete nos números do mercado”. Como presidente da Dedic, Neto explica que a empresa realiza avaliação criteriosa e que as mulheres têm se destacado nas seleções, pois são mais pacientes, atenciosas e dedicadas. O quadro de funcionários da Dedic é formado por 68% de mulheres.

 

Segundo Alexandra Periscinoto, presidente da SPCom, a mulher tem o perfil para atendimento, e tornou-se uma característica na contratação e na busca por vagas. A empresa conta com 65% de mulheres no quadro de funcionários. “O setor atrai muitas mulheres pela acomodação de horários. A jornada de 6 horas possibilita aliar casa, estudo e trabalho. Acredito que a mulher tem características positivas para o desenvolvimento profissional em qualquer segmento, pois leva em consideração alguns aspectos comportamentais não tão observados pelo sexo masculino”, completa.

 

Com relação ao preconceito, Alexandra acrescenta que é uma questão já superada, “as mulheres podem contribuir com uma visão adicional e aprender com os homens. Talvez a visão feminina tenha influenciado positivamente na SPCom, fomos a primeira empresa com programa de responsabilidade social e ISO na América Latina, são ações que hoje estão disseminadas no mercado”, explica.

 

Primeiro emprego – O setor de telesserviços encerrou 2007 com 750 mil empregos diretos e tornou-se um ponto de partida para aqueles que buscam o primeiro emprego. É o caso de Maria Tânia de Jesus Santos, 20 anos, operadora da Vidax há dois anos.  “É meu primeiro emprego, sempre tive interesse na área, por isso fiz curso de especialização em telemarketing. Atendo clientes de diversos lugares, com o que recebo pago minha faculdade e tenho a oportunidade de crescer profissionalmente”.

 

Outro exemplo da atuação feminina no mercado é Márcia Mele, 32 anos. Operadora da TMKT há oito anos e meio, ela optou pelo callcenter pela flexibilidade da jornada de trabalho. Formada em psicologia, Márcia faz mestrado científico e pretende seguir carreira no setor. “O callcenter é uma área muito promissora. É um trabalho divertido, alegre, há interação e um constante aprendizado. Assim como eu, muitas mulheres buscam uma vaga no setor, pois precisam de tempo para cuidar de casa, estudar e trabalhar”, conclui.

 

O porquê da data – No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para 10 horas, equiparação de salários com os homens e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

 

Em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o dia 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Em 1975, por meio de um decreto, a data foi finalmente oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

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