A inovação que agrega

Empresas que lidam diariamente com consumidores, provavelmente, são as que mais têm dúvidas sobre investir ou não em novas tecnologias no que diz respeito a essa relação. Seja por medo do desconhecido, por ser algo que ainda está no âmbito da especulação, a verdade é que apesar da necessidade de disruptura, cada passo dado deve ser muito bem pensado. Por isso, para alguns negócios ainda é difícil falar sobre criptomoedas. Afinal, se nem a grande maioria dos possíveis consumidores conhecem, por que investir?
No entanto, para Rodrigo Berutti, gerente de omnichannel e experiência de compra do usuário da Reserva, a movimentação dos varejistas nessa direção é que vai ajudar as criptomoedas – como o Bitcoin, aceito pela empresa – a saírem do âmbito da especulação. “Hoje em dia o maior crescimento das criptomoedas se dá por meio de especulação, elas se tornaram ativos de investimento e sofrem as flutuações decorrentes desse tipo de mercado. A principal desvantagem vem do uso das criptomoedas como um ativo de investidores, o que pode fazer com que o cliente pague muito caro por um determinado bem ou serviço caso haja uma valorização repentina.  A tendência disso é diminuir quando as criptomoedas passarem a serem usadas mais rotineiramente”, apresenta.
Enquanto muitos ainda se perguntam se esta forma de pagamento ainda se tornará uma realidade, empresas que fazem transações com as criptomoedas já vivenciam este novo mundo. Entretanto, elas também entendem o quanto este movimento é recente no Brasil e que a aceitação ainda precisa ser trabalhada. “Nosso objetivo foi dar o pontapé inicial de um movimento de democratização dessa nova forma de pagamento e estamos muito felizes de mais uma vez sermos precursores”, conta Berutti, que aproveita para falar da experiência do grupo.
Ele conta também que os desafios, de um modo geral, são tecnológicos e legais. Como, por exemplo, atender os clientes e criar mecanismos que já funcionam em métodos de pagamento tradicionais para que a relação empresa-cliente não deteriore. Devolução, troca, estorno, tudo isso deve estar previsto para que a experiência do cliente não seja pior em relação a métodos de pagamento tradicionais. “Analisando especificamente a Reserva, o nosso grande desafio para iniciar esse movimento foi encontrar parceiros que pudessem transacionar um pedido e por consequência essa operação fosse tão transparente como qualquer outra forma de pagamento. Acreditamos que esse problema que passamos não ocorrerá em um futuro próximo, a medida em que a moeda cada vez mais se popularize. Nesse momento acreditamos que o maior benefício é possibilitar ao nosso cliente mais uma forma de pagamento para usufruir os nossos produtos”, conclui.

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